Crescem as críticas globais contra a Rússia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, afirma ter recebido certos sinais da Rússia na primeira rodada de conversações bilaterais. Mas os dois lados permanecem muito distantes.
Não está claro se a próxima rodada de negociações levará a um cessar-fogo, à medida que as críticas globais sobre a invasão aumentam.
Um número crescente de países está revertendo suas políticas anteriores e expressando apoio à Ucrânia.
Na segunda-feira, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, condenou a Rússia em uma conferência de imprensa.
Erdogan disse: “Vemos o ataque da Rússia à Ucrânia como inaceitável e apreciamos a luta do povo e da administração ucraniana”.
O presidente turco disse, com base em um tratado internacional, que seu país restringirá a passagem de navios de guerra pelo Estreito de Bósforo e Dardanelles, separando o Mar Negro do Mediterrâneo.
A Turquia é um membro da OTAN, mas tem fortes laços econômicos e militares com a Rússia. A mudança para fechar as vias navegáveis ocorreu em resposta a um pedido do governo ucraniano.
A Finlândia é um país vizinho da Rússia. Ela disse, nesta segunda-feira (1), que fornecerá à Ucrânia 2.500 fuzis e 1.500 armas anti-tanque. A Finlândia havia se abstido, anteriormente, de fornecer armas a países em conflito.
A Suécia tinha uma política semelhante. Disse, neste domingo (28), que enviará 5.000 armas anti-carro, capacetes e roupas de proteção para a Ucrânia.
A Suíça mantém a neutralidade. Mas seu governo decidiu sancionar o Presidente russo, Vladmir Putin, e o Ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, congelando seus bens privados.
No Japão, o apoio à Ucrânia continua a se espalhar. A Câmara dos Deputados adotou nesta terça-feira (1), uma resolução condenando a agressão da Rússia.
Ela conclama a Rússia a parar imediatamente seus ataques e a retirar suas tropas. Também insta o governo japonês a fazer o melhor possível para garantir a segurança dos cidadãos japoneses na Ucrânia, e a tomar medidas firmes contra a Rússia, incluindo sanções, juntamente com a comunidade internacional.
O primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, conversou por telefone com o presidente francês Emmanuel Macron na terça-feira (1) à noite. Os dois líderes criticaram duramente a Rússia e confirmaram a necessidade de tomar fortes sanções.
Kishida disse: “Reconhecemos que não somente a Europa, mas também toda a comunidade internacional, incluindo a Ásia, deve levar a sério o fato de que não deve ser permitido mudar o status quo pela força”.
O primeiro-ministro disse que continuará a conduzir a diplomacia de cúpula e a trabalhar em estreita colaboração com a comunidade internacional.
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