Continuam as batalhas violentas na Ucrânia

As mortes de civis estão aumentando na Ucrânia à medida que os combates violentos continuam no sul e leste do país.

As forças russas estão cercando a capital, Kyiv, e lançando ataques de mísseis contra Mykolaiv, no sul, e Mariupol, no leste.

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, ou OHCHR, disse que 847 civis, incluindo pelo menos 64 crianças, haviam sido mortos até sexta-feira (18).

A cidade de Mariupol foi isolada por ataques das forças russas. Acredita-se que haja intensos combates de rua e que muitos moradores tenham fugido da cidade.

Uma pessoa que evacuou para a cidade de Zaporizhzhia disse que muitas pessoas morreram na rua e que os corpos foram deixados onde caíram.

As pessoas estão recebendo treinamento de combate em todo o país para se prepararem para as esperadas lutas de rua. Jovens cidadãos da cidade de Odessa foram ensinados a usar fuzis automáticos, nesta sexta-feira (18), já que a cidade antecipa um grande ataque dos militares russos.

Uma agência de notícias ucraniana informou, neste sábado (19), que pelo menos 10 oficiais superiores militares russos haviam sido mortos desde o início da invasão, há três semanas.

As conversações de cessar-fogo podem enfrentar dificuldades à medida que a feroz batalha continua.

No sábado (19), o Ministério da Defesa da Rússia alegou, unilateralmente, que os ucranianos poderiam usar armas químicas. Disse que os nacionalistas ucranianos estão planejando usar amônia e cloro em Sumy, no nordeste, e explodir recipientes de produtos químicos tóxicos em Mykolaiv, no sul.

As autoridades de defesa americanas e britânicas sugerem em suas análises que as forças russas estão encontrando dificuldades diante da forte resistência das tropas ucranianas.

Crescem as preocupações de que a Rússia possa aumentar seus ataques com base na desinformação.