Reino Unido e França condenam a iniciativa da Rússia de reconhecer as regiões da Ucrânia

A Grã-Bretanha e a França reagiram fortemente à decisão da Rússia de reconhecer unilateralmente duas regiões separatistas no leste da Ucrânia como independentes.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, criticou o presidente russo, Vladimir Putin, em uma conferência de imprensa na segunda-feira (21).

Johnson disse que a medida foi “claramente uma violação do direito internacional” e “uma flagrante violação da soberania e integridade da Ucrânia”.

O primeiro-ministro britânico conversou mais tarde com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, por telefone. Johnson disse a ele que acreditava que a invasão da Rússia era uma possibilidade real nas próximas horas e dias.

Um porta-voz do governo britânico acrescentou que Johnson concordará em um pacote de sanções contra a Rússia na terça-feira (22) e intensificará a assistência de defesa para a Ucrânia.

O escritório do presidente francês Emmanuel Macron emitiu uma declaração na segunda-feira. Ele disse que a medida da Rússia foi “claramente uma violação unilateral dos compromissos internacionais da Rússia e um ataque à soberania da Ucrânia”.

Macron está convocando uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Ele também está pedindo uma adaptação das sanções coordenadas pelos membros da União Européia.

Um alto funcionário do gabinete presidencial da França disse aos repórteres que era necessário continuar as negociações com a Rússia para evitar que a situação se agravasse.

O funcionário disse que, naquele momento, uma reunião entre o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, e seu homólogo russo, Sergey Lavrov, seria realizada em Paris na sexta-feira (25), como planejado.

O funcionário acrescentou que uma proposta de cúpula entre Putin e o presidente americano Joe Biden, mediada pela França e acordada em princípio no domingo, era agora improvável que acontecesse.