Proibição de entrada no país deixa escola de língua japonesa no limbo

Segundo a NHK, uma escola de língua japonesa na cidade de Toyama, no centro do Japão, ficará com apenas um estudante estrangeiro devido a proibição de entrada relacionada com o coronavírus chinês no Japão.

O governo japonês, em princípio, impôs a proibição de entrada de novos estrangeiros em meio ao surto global da variante Ômicron.

Como outras escolas de língua japonesa, as da Prefeitura de Toyama, ao longo da costa do Mar do Japão, não podem aceitar estudantes estrangeiros há algum tempo.

A Academia Internacional de Toyama tem 26 possíveis estudantes em seus países de origem.

A academia diz que agora tem quatro alunos, mas apenas um ficará para o ano letivo que começa em abril.

A academia está conseguindo operar graças ao financiamento do governo e outros programas de apoio, mas diz que não poderá pagar professores e funcionar como escola se a situação atual continuar.

A diretora da academia, Miyata Taeko, diz que a escola pode passar por um ano, mas não mais. Ela diz que Toyama perderá futuros trabalhadores se os estudantes estrangeiros não tiverem a oportunidade de estudar lá.

Enquanto isso, a prefeitura de Aomori aguarda a entrada de estagiários estrangeiros para compensar a falta de pessoal nas instalações de enfermagem.

Em novembro passado, três possíveis estagiários em Myanmar passaram em um exame de língua japonesa.

Dempoya Ryoji dirige uma associação cooperativa que introduz os estagiários de Myanmar a potenciais locais de trabalho.

Dempoya diz que os membros da associação precisam desesperadamente de trabalhadores de Myanmar, pois a população do Japão envelhece porque poucos jovens vão a postos de trabalho públicos. Ele diz que está ansioso para convidá-los antes que seus conhecimentos da língua japonesa e sua motivação desapareçam.