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sábado, 2024/04/20  12:54
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O desabafo de uma mãe cuja filha está em quarentena em Tóquio

Meu nome é Makiko Yamamoto, moro na província de Shiga. Tenho uma filha que esteve na África do Sul e casou com um sul africano.

O desabafo de uma mãe cuja filha está em quarentena em Tóquio

Meu nome é Makiko Yamamoto, moro na província de Shiga. Tenho uma filha que esteve na África do Sul e casou com um sul africano.

Eu estou mais do que revoltada pois minha filha saiu dia 31 de janeiro da África do Sul junto com o esposo e até agora, depois de 2 semanas, eu ainda não posso vê-la!!!!

Ela e seu esposo partiram no dia 31 de Capetown, ficaram 20 hs esperando em Doha, capital do Catar, país situado no Golfo Pérsico.

Eles saíram da África do Sul com o resultado negativo do Covid-19. Dia 31 de janeiro chegaram em Narita, às 17:20 hs.

Mesmo já com o resultado negativo, tiveram que fazer novo teste no aeroporto quando chegaram, e ainda por cima ficaram num aglomerado de cerca de 500 pessoas no saguão esperando o resultado desde o horário que chegaram até 1:30 da manhã sem comer nada!!!!

Só depois fizeram check-in na imigração!! Nada disso faz sentido!!! Depois disso, como vieram da África do Sul, eles ficaram 6 dias no hotel de quarentena determinado pelas autoridades.

Ficaram comendo alimentos embalados, frio e horrível. No terceiro dia também fizeram os testes, deu negativo para ambos. E também no sexto dia, mais um teste antes de sair do hotel.

Porém eu moro em Shiga, quase 400 km de distância do aeroporto de Narita, as passagens da minha filha e genro estão compradas até o aeroporto de Kansai em Osaka, que é mais perto, porém por causa da pandemia estavam impossibilitados de usar o vôo doméstico!

Saí cedo de casa para ir buscar-los, minutos antes de chegar, minha filha me enviou uma mensagem dizendo que testou positivo e o marido testou negativo!

Ou seja ela teria que permanecer em quarentena e ele teria que deixar o hotel, não deixaram os dois ficarem juntos e eu o trouxe para minha casa.

De tão nervosa com essa situação passei um mal estar no coração e tive dificuldades de respirar de madrugada, fui levada de ambulância para o hospital.

Meu genro, que chegou cansado, nem dormiu e ficou cuidando do meu filho autista, seguindo orientações da minha filha por vídeo.

Meu Deus que situação! Minha filha está até agora no hotel, mesmo que ela pergunte que dia poderá sair, eles respondem de forma grosseira e incerta, não há nem medicamentos adequados, não se pode nem abrir a janela, não dão comida balanceada, só aquela embalada, fria, sem poder comer verduras frescas ou frutas, sem se exercitar, nada, naquele quarto minúsculo, desse jeito vai afetar sua saúde física e mental!!!! Isso é uma violação dos direitos humanos!!! Não está certo isso!!!! Isso tem que acabar!!! Se acontecer alguma coisa com ela a responsabilidade será do governo!!!