“Eu Nativo” documentário de Ulisses Rocha é premiado no exterior
Ulisses Rocha, jornalista, apresentador e cineasta, acaba de ser premiado pelo seu documentário “Eu Nativo”, no 8° Festival Internacional Anatolia, de Istambul – Turquia. O filme está também na seleção oficial do Montreal Independent Film Festival, no Canadá. Ulisses possui DRT como diretor cinematográfico sendo autor de 39 documentários, entre eles 3 longas metragens.
“Eu Nativo” mostra aspectos da vida indígena das tribos Kayapó, Potiguara, Tabajara, Fulni ô e Pankararu, localizadas no norte e nordeste do Brasil. O filme, lançado em janeiro de 2022, traz imagens deslumbrantes das belezas naturais que cercam as aldeias onde vivem as etnias e depoimentos surpreendentes sobre como os indígenas sofrem com o preconceito racial e a discriminação por parte da sociedade não indígena. O filme apresenta uma sensível reflexão sobre indivíduos nativos, que raramente têm a oportunidade de falar sobre suas emoções e tristezas.
Os Kayapó (foto abaixo), vivem em aldeias dispersas ao longo do curso superior dos rios Iriri, Bacajá e Fresco, bem como afluentes do volumoso rio Xingu, delineando um território quase tão grande quanto a Áustria no Brasil Central e quase inteiramente coberto por floresta equatorial.
Os Potiguara são um grande exemplo da luta entre os povos indígenas no nordeste do Brasil. Sua história de contato com a sociedade não indígena remonta ao início da colonização. Hoje, buscam manter o vigor de sua identidade étnica por meio da reaprendizagem da língua tupi-guarani.
O cineasta visitou os Guerreiros Fulni-ô (foto abaixo), em Águas Belas-PE, o único grupo indígena do Nordeste brasileiro que conseguiu manter viva e ativa sua língua – o Ia-tê –, assim como o ritual que chamam de Ouricuri, que atualmente é realizado em total sigilo. Na parte central da Reserva Indígena está a cidade de Águas Belas, que é inteiramente cercada pelo território Fulni-ô.
Natural de Bauru, interior de São Paulo, Ulisses iniciou a carreira de repórter em 1992, no Sistema Globo de Rádio, na Rádio Globo São Paulo e Rádio CBN. Trabalhou como repórter na Rede Manchete em 1994 e logo depois se transferiu para a Rede Bandeirantes. Em 1996, foi para a Rede Record, fazendo reportagens para o Jornal da Record, sendo transferido logo depois para ser o apresentador do Cidade Alerta, ficando até 2003. Permaneceu no setor jornalístico por 8 anos, realizando coberturas nacionais e internacionais, e produziu 12 documentários para o Repórter Record.
Retornou para a Rede Record em 2010, como apresentador do Balanço Geral. Tempos depois retorna novamente ao SBT, dessa vez no SBT Repórter, substituindo o César Filho no Boletim de Ocorrências e Jornal SBT Manhã. Ulisses apresentava as notícias nacionais e internacionais, no jornal ao vivo, e narrava do helicóptero o noticiário local, com Rodolpho Gamberini. Retorna a Rádio Globo São Paulo, onde ficou até 2014.
Ulisses produziu em 2013, o seu primeiro filme documentário de longa metragem, Mães Solteiras, sem nenhum apoio governamental para a realização do documentário. Ele próprio comprou os equipamentos de filmagem e contou com a ajuda de amigos que atuavam no jornalismo e cinema para a realização do projeto, que durou cinco anos entre roteiro e finalização da edição, sendo inscrito em festivais no Brasil e no exterior.
Em 2020 criou o podcast Casos Extraordinários, relatando histórias de pessoas comuns. Foi nomeado em 2021, o LEILOEIRO OFICIAL, pela Junta Comercial de SP. Sua inserção no mercado de leilões é uma forma de financiar os seus filmes. Apresentador no canal Psicologia em Podcast Ulisses Rocha conversa com a psicóloga Silvia Navarro sobre vários problemas como transtorno bipolar, depressão, síndrome de “burnout”, crise de ansiedade, ciúme nos relacionamentos entre outros assuntos.
https://youtu.be/gsFlT-R5jXM
Ulisses já teve outro filme em destaque, Sertão (Hinterland) que foi selecionado para exibição no Golden Tree International Documentary Festival, realizado de 4 a 6 de novembro de 2021, iniciando em Pequim e terminando em Paris. Ulisses levou as histórias do sertão paraibano a locais distantes. O documentário mostra histórias de quem sofreu com a seca no sertão da Paraíba e as mudanças com a chegada da tecnologia.
Da Redação by Cleo Oshiro
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