Japão registra mais de 84 mil casos de infecção por coronavírus chinês neste sábado (29)

O número de casos diários de infecção por coronavírus chinês no Japão marcou um recorde pelo quinto dia consecutivo, impulsionado pela variante, altamente transmissível Ômicron. As autoridades sanitárias de todo o país confirmaram mais de 84 mil novas infecções no sábado. 734 pessoas estão em estado grave, 37 a mais do que sexta-feira.

O governo metropolitano de Tóquio relatou 17.433 novos casos no sábado (29). Essa é a segunda maior contagem diária após a de sexta-feira (28). A média de sete dias é quase o dobro do que era uma semana antes.

O número crescente de infecções entre as crianças está começando a ter um efeito sobre os serviços pediátricos avançados.

O Centro Médico Infantil Metropolitano de Tóquio trata crianças que sofrem de doenças graves. Mas o número de pacientes hospitalizados que estão ou podem estar infectados com o coronavírus chinês está aumentando rapidamente, quase nove vezes desde o início deste mês.

Isto obrigou o hospital a reduzir seus serviços médicos regulares e adiar as operações que requerem cuidados pediátricos avançados.

Autoridades hospitalares informam que podem ter que restringir ainda mais os serviços médicos gerais na próxima semana se a situação atual continuar.

Um médico do hospital, Horikoshi Yuho, disse: “Aceitamos crianças que outros hospitais não têm condições de admitir. Há muitos serviços médicos que só nós podemos fazer. Queremos definitivamente evitar uma situação em que não podemos salvar uma vida que de outra forma poderia ter sido salva”.

Os pacientes de diálise também foram afetados pelo recente surto. Estes pacientes correm maior risco de desenvolver sintomas graves se forem infectados com o vírus chinês.

Mas um grupo de especialistas informa que há alguns casos em que pacientes com problemas renais e o coronavírus não podem ser hospitalizados.

Um médico, Kikuchi Kan, disse: “Acho que algumas mudanças podem ser necessárias, como conseguir que os hospitais recebam apenas pacientes de alto risco e permitir que aqueles com sintomas leves possam ser tratados em outras instalações”.

O grupo diz que cerca de 21% dos pacientes de diálise que foram infectados com o coronavírus chinês precisaram de suporte de oxigênio. A taxa de mortalidade é alta, de 14,5%.
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