Estudantes estrangeiros notificados sobre a proibição de entrada no Japão
As universidades japonesas estão se esforçando para explicar aos seus estudantes no exterior a mais recente proibição de entrada de novos estrangeiros no país.
A Universidade Toyo, em Tóquio, vinha processando pedidos de entrada de cerca de 80 estudantes desde que o governo voltou a aceitar alunos estrangeiros em 8 de novembro. Eles tinham sido forçados a ter aulas on-line fora do Japão.
Na terça-feira (30), quando a nova proibição entrou em vigor, funcionários da universidade falaram online com estudantes que planejam entrar no Japão entre janeiro e março do próximo ano.
Os funcionários prometeram manter os estudantes atualizados e continuar a oferecer-lhes apoio.
Um estudante na Indonésia disse estar frustrado porque alguns países continuam abertos aos estudantes estrangeiros. Ele alegou que poderá estudar no Japão, dizendo que fará testes PCR todos os dias e apresentará todos os documentos necessários. Ele disse que a vida dos estudantes depende do governo japonês.
Uma estudante na Rússia disse que proibir a entrada de alunos, que não são turistas, é injusto e discriminatório. Ela disse que a diferença de tempo de seis horas com o Japão a mantém acordada à noite e dormindo durante o dia, tornando impossível para ela ver seus amigos ou encontrar um emprego de meio período. Ela disse que reservou três vôos, mas teve que cancelá-los todos. A proibição está fazendo-a perder o desejo de estudar, disse ela.
Uma estudante em Madagascar disse que está lutando com as aulas on-line porque tem pouco acesso à Internet e não consegue entender o que está sendo discutido. Ela disse que não pode passar tempo com sua família porque deve mudar sua rotina diária para corresponder às horas de aula no Japão.
Ela declarou que sonha em se tornar uma ponte entre o Japão e Madagascar, mas isso agora é difícil porque ela não pode fazer amigos.
A Universidade Toyo aceitou cerca de 400 estudantes estrangeiros nos últimos anos.
O dormitório de intercâmbio internacional da universidade, destinado a ser compartilhado pelo mesmo número de estudantes japoneses e estrangeiros, deve ser concluído em janeiro. Mas a metade de seus 300 quartos provavelmente estará vazia.
Takahashi Kiyotaka, o diretor do Escritório de Assuntos Internacionais da universidade, diz que pesquisas mostram que muitos estudantes estrangeiros que esperam encontrar trabalho no Japão estão preocupados com seu futuro. Ele diz que quer que o governo levante a proibição de entrada o mais rápido possível.
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