Taiwan acusa a China de aumentar as invasões na ADIZ
Líderes taiwaneses acusaram a China pela crescente frequência de incursões de aeronaves militares chinesas na Zona de Identificação da Defesa Aérea, Air Defense Identification Zone – ADIZ, de Taiwan.
O número de tais incidentes aumentou desde 1º de outubro, quando a China celebra o dia de sua fundação nacional.
O Ministério da Defesa de Taiwan informa que um total de 150 caças, bombardeiros e outras aeronaves entraram na zona, sobre as águas a sudoeste de Taiwan, nos primeiros cinco dias de outubro.
Na segunda-feira (4), 56 aeronaves entraram na zona, tanto durante o dia quanto durante a noite. Este foi o número mais alto registrado em um único dia desde que o ministério começou a liberar tais dados em setembro de 2020.
O Premier, Su Tseng-chang, de Taiwan disse nesta terça-feira (5) que a China está se tornando “mais exagerada”, e que “o mundo também tem visto as repetidas violações da paz regional e a opressão de Taiwan”.
Ele disse que Taiwan deve se fortalecer e estar unido para não permitir que a China use facilmente a força.
O Ministro da Defesa, Chiu Kuo-cheng, disse que a entrada frequente de aeronaves militares chinesas está exercendo uma pressão muito forte sobre a força aérea e o corpo de defesa aérea de Taiwan. Ele disse, entretanto, que a pressão está dando poder a Taiwan, e está encorajando-o a estar preparado para a luta.
Chieh Chung da Fundação de Política Nacional de Taiwan disse que estes movimentos sugerem que a China tem mais caças pem sua frota, e melhorou sua capacidade de realizar operações com várias unidades e vôos noturnos.
A CCTV estatal da China informou sobre os incidentes. Diz que os militares chineses patrulharam áreas próximas a Taiwan por 4 dias seguidos, renunciando à oportunidade de aproveitar o feriado do Dia Nacional. A CCTV citou um especialista dizendo que os vôos mostraram a resolução da China e sua capacidade militar.
A versão eletrônica do jornal The Global Times, que é afiliado ao Partido Comunista Chinês, trazia um editorial na segunda-feira (4), dizendo que a operação era um aviso a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, que está fortalecendo os laços com os Estados Unidos.
O artigo diz que os exercícios militares “não se limitam mais a declarar a soberania da China sobre a ilha”, mas a colocar em prática os preparativos “para retomar a ilha de Taiwan”.
O artigo diz que os esforços para alcançar “uma reunificação pacífica” não foram abandonados, mas que se tornou a opinião pública dominante no continente chinês que Pequim “deveria fazer preparativos sérios com base na possibilidade de combate”.
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