Ex-ministra Takaichi concorrerá à presidência do Partido Liberal Democrático

A ex-ministra de Assuntos Internos, Takaichi Sanae, anunciou oficialmente sua candidatura à eleição para suceder o primeiro-ministro, Suga Yoshihide, como presidente do Partido Liberal Democrático – PLD.

Em uma conferência de imprensa na quarta-feira (8), Takaichi disse que a missão final de um Estado é proteger a vida e os bens de seu povo, bem como sua terra, águas, espaço aéreo, recursos, soberania e honra. Ela se comprometeu a se dedicar ao cumprimento dessa missão.

Ela também delineou sua política econômica, chamada de “Sanaenômica”, de reconstruir a economia e colocá-la no caminho do crescimento, e citou a facilidade monetária e o investimento ousado na gestão de crises e no crescimento. Ela se comprometeu a dar mais prioridade aos gastos fiscais flexíveis do que ao retorno do saldo primário do país para o positivo.

Takaichi é conhecida por ter crenças políticas próximas às do ex-primeiro ministro Abe Shinzo. Ela é a segunda candidata a anunciar oficialmente uma candidatura à liderança do partido, após o ex-ministro das Relações Exteriores e chefe da política do LDP, Kishida Fumio.

Na quarta-feira, Kishida revelou um plano para criar um fundo de cerca de dez trilhões de ienes, ou cerca de 90 bilhões de dólares, para construir a competitividade científica e tecnológica. Ele também disse que nomeará um ministro encarregado da segurança econômica para impulsionar os investimentos em chips semicondutores e outras tecnologias de ponta.

O Ministro da Reforma Regulatória, Kono Taro, visitou Abe na quarta-feira (8) para transmitir seu desejo de concorrer. Após sua reunião de 20 minutos, Kono recusou-se a dizer aos repórteres o que eles discutiram.

A secretário-geral interina do LDP, Noda Seiko, que também é uma ex-ministra de assuntos internos, está procurando o apoio de membros sênior do partido para recolher o aval dos 20 legisladores do LDP necessários para a candidatura.

A disputa de 29 de setembro será seguida por uma eleição na Câmara Baixa, disputada pelo partido sob um novo presidente.

Na terça-feira (7), Edano Yukio, líder Partido Democrático Constitucional, da oposição, revelou quais as políticas que ele enfrentará se tomar o poder na eleição.

Ele citou um orçamento extra de 270 bilhões de dólares para apoiar pessoas e empresas que lutam com o impacto prolongado do coronavírus chinês, e prometeu criar uma equipe de resposta liderada pelo secretário do gabinete principal.

Na quarta-feira (7), os Democratas Constitucionais e três outros partidos da oposição assinaram um acordo sobre uma plataforma compartilhada com o grupo de cidadãos Aliança Civil para a Paz e o Constitucionalismo.

Eles concordaram em deixar de cortar os custos médicos para construir mais hospitais e escritórios de saúde pública.

Eles também concordaram em aumentar o salário mínimo, cortar o imposto de consumo e aumentar a carga sobre os ricos para corrigir as disparidades e buscar uma sociedade neutra em carbono sem energia nuclear, bem como um sistema que permita aos casais casados terem sobrenomes separados.

Os quatro partidos da oposição estão procurando intensificar sua parceria nas eleições gerais.