Japonesa Kimiko Hirata ganha “Nobel Verde”

Uma membro sênior de uma organização não-governamental japonesa que combate a mudança climática foi escolhida para o Prêmio Ambiental Goldman deste ano.

O prêmio, conhecido como “Prêmio Nobel Verde”, foi estabelecido por uma fundação norte-americana em 1989. Ele homenageia aqueles que trabalharam para proteger e melhorar o meio ambiente. Seis ganhadores são escolhidos a cada ano, de cada uma das regiões continentais habitadas do mundo.

Este ano, o prêmio para as Ilhas e Nações Insulares vai para Hirata Kimiko, membro da diretoria da Rede Kiko, com sede na cidade de Kyoto.

Ela é o terceiro nipônico a ganhar o prêmio, e a primeira em 23 anos. Ela também é a primeira japonesa a receber a honra.

Hirata desenvolveu um interesse pela mudança climática enquanto estava na universidade. Há mais de 20 anos ela vem difundindo a conscientização sobre os problemas das usinas elétricas alimentadas a carvão que emitem gases de efeito estufa.

Quando os planos para construir ou acrescentar 50 usinas elétricas a carvão foram revelados após o acidente de 2011 na usina nuclear de Fukushima Daiichi, Hirata divulgou online seus planos de construção e documentos de avaliação de impacto ambiental e pediu aos residentes locais que participassem das audiências públicas.

Os organizadores do prêmio observam que os planos para 13 das 50 usinas foram cancelados até 2019, graças aos esforços da Hirata. Eles descrevem seu trabalho como equivalente à redução das emissões de dióxido de carbono de 7,5 milhões de carros anualmente durante um período de 40 anos.

Hirata disse que o movimento se tornou possível graças à cooperação entre aqueles que manifestaram suas preocupações.

Ela prometeu continuar fazendo propostas sobre como mudar para uma sociedade e uma economia mais verdes.