Empresa francesa nega relatório sobre vazamento de radiação na China

Uma companhia elétrica francesa vinculada a uma usina nuclear no sul da China negou que houvesse um acidente nuclear após um relatório de um possível vazamento de radiação.

A empresa francesa EDF realizou uma coletiva de imprensa na segunda-feira (14), depois que a CNN relatou uma “ameaça radiológica iminente” na Usina Nuclear Taishan, na província de Guangdong.

A mídia americana disse que a subsidiária da EDF, Framatome, havia advertido o governo dos EUA sobre a ameaça em um comunicado. A Framatome, sediada na França, projetou a usina e a opera em conjunto com uma empresa chinesa.

A EDF disse ter recebido dados da empresa chinesa na semana passada indicando que substâncias radioativas sob a forma de certos gases haviam vazado dentro de um dos dois reatores. Ela disse que a empresa chinesa tratou e liberou os gases na atmosfera de acordo com os regulamentos.

A empresa francesa descartou a possibilidade de um acidente, dizendo que os níveis de radiação estavam dentro do limite.

Os reatores europeus de água pressurizada baseados na tecnologia francesa entraram em operação em 2018.

A EDF disse que um incidente semelhante também aconteceu no ano passado. Ela pediu à empresa chinesa que apresentasse todos os dados para estudar a causa do mesmo.

Enquanto isso, o secretário chefe de gabinete do Japão, Kato Katsunobu, disse que nenhuma anormalidade nos dados foi relatada nos 47 postos de monitoramento do país, um em cada prefeitura, em uma conferência de imprensa na terça-feira (15).

Ele disse que o governo continuará a coletar informações e a acompanhar de perto a situação.

Kato acrescentou esperar que a China forneça uma explicação transparente e oportuna ao mundo sobre os fatos relativos ao relatório de vazamento de radiação.