Biden e Johnson divulgam a Nova Carta Atlântica
Os líderes dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha divulgaram a nova Carta Atlântica sobre os compromissos bilaterais. Eles se comprometem a defender a democracia, no que parece ser uma tentativa de contrapor-se à China e à Rússia.
O presidente americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciaram a nova Carta após sua reunião em Cornwall, Inglaterra, na quinta-feira (10), um dia antes da abertura da cúpula do Grupo dos Sete.
A Carta Atlântica original foi publicada pelos governos americano e britânico há 80 anos. Ela delineou os objetivos da cooperação entre os EUA e a Grã-Bretanha para enfrentar os desafios globais e levou à criação das Nações Unidas.
A nova versão diz que os países “resolvem defender os princípios, valores e instituições da democracia e sociedades abertas, que impulsionam nossa própria força nacional e nossas alianças”.
Eles prometem “defender princípios-chave como a liberdade de navegação e sobrevoo e outros usos legítimos dos mares a nível internacional”.
Os EUA têm enfatizado a liberdade de navegação e de sobrevoo em resposta às atividades marítimas da China no Mar do Sul da China e mais além.
A carta também diz que os dois países “afirmam nossa responsabilidade compartilhada de manter nossa segurança coletiva e estabilidade e resistência internacional contra todo o espectro de ameaças modernas, incluindo as ameaças cibernéticas”.
As empresas americanas foram recentemente alvo de ataques cibernéticos que se acredita terem tido origem na Rússia.
Biden e Johnson também divulgaram uma declaração conjunta, confirmando a cooperação em uma ampla gama de áreas, incluindo o avanço da democracia, dos direitos humanos e da segurança.
Os líderes dizem que trabalharão juntos para aumentar o fornecimento global de vacinas contra o coronavírus chinês. Eles dizem que apoiarão “um processo independente oportuno, transparente e baseado em evidências para a próxima fase do estudo das origens do coronavírus chinês, realizado pela OMS, inclusive na China”.
Biden disse após a reunião: “Afirmamos a relação especial entre nosso povo”. Ele acrescentou: “Renovamos nosso compromisso de defender os valores democráticos duradouros que ambas as nações compartilham e que são o forte alicerce de nossa parceria”.
Os analistas dizem que a reafirmação de Biden da cooperação com a Grã-Bretanha, um aliado próximo dos EUA, é uma forma de demonstrar liderança na união de países democráticos para enfrentar os desafios impostos pela China e pela Rússia.
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