Cerca de 600 civis mortos desde o golpe em Myanmar

Militares em Myanmar estão utilizando armamento pesado para matar mais manifestantes. Um grupo local de direitos humanos disse que cerca de 600 pessoas foram mortas na repressão desde o golpe de Estado em 1º de fevereiro.

As pessoas continuam a tomar as ruas de todo o país para protestar contra a junta militar. Os militares, nesta quarta-feira (7), supostamente, atacaram manifestantes com armas automáticas e granadas na cidade de Kale, no noroeste do país.
A mídia local disse que pelo menos 13 pessoas morreram no dia, em todo o país.

Separadamente, o embaixador de Myanmar no Reino Unido disse que ele foi trancado fora de sua embaixada em Londres.
Kyaw Zwar Minn tem exigido a libertação dos líderes detidos, incluindo Aung San Suu Kyi.

O embaixador disse ,através de um porta-voz, que a embaixada havia sido tomada pelo adido militar. “Temos plena confiança no governo britânico para não reconhecer o Conselho Militar de Myanmar. Acreditamos que o governo britânico não apoiaria aqueles que estão trabalhando para a junta militar”, disse ele.

Na terça-feira, um corpo de legisladores depostos, incluindo membros da Liga Nacional para a Democracia de Aung San Suu Kyi, divulgou uma declaração afirmando ter coletado 180.000 provas que mostram “abusos em larga escala dos direitos humanos” pelos militares, tais como o uso de força letal, prisões e tortura.