Ataques terroristas em Palma provocam fuga em massa de civis em Moçambique
Os ataques terroristas em Cabo Delgado, norte de Moçambique, eclodiram em outubro de 2017 e já fizeram mais de 2 mil mortos, mais de meio milhão de desabrigados, além de deixar um rasto de destruição severa de infra-estruturas sociais e econômicas, entre públicas e privadas. O Administrador apostólico da Diocese de Pemba, em Cabo Delgado (norte de Moçambique), apelou para fim da guerra na Província.
A Ajuda à Igreja que Sofre (ACS) continua a receber testemunhos chocantes sobre o ocorrido na cidade de Palma, Província moçambicana de Cabo Delgado, tomada nos últimos dias por grupos jihadistas ligados ao autodenominado Estado Islâmico, após uma série de ataques sangrentos. Palma tinha uma população de cerca de 50.000 habitantes, mas agora é uma cidade fantasma, com dezenas de mortos e milhares de desaparecidos.
A fundação de direito pontifício assistiu a um vídeo, filmado imediatamente após o ataque brutal das milícias jihadistas em 24 de março, que revela um massacre sem precedentes, com pessoas decapitadas e corpos mutilados.
O gestor de projetos da ACS, explica que a fundação de direito pontifício “está tentando ajudar e apoiar com muita atenção, enquanto a Igreja local está fazendo todo o possível e impossível nesta situação tão difícil para aliviar a crise humanitária. Mas é necessário parar com a violência desenfreada porque o mundo não pode ignorar este drama”.
A região de Cabo Delgado tem sido palco de ataques de grupos armados terroristas aliados do Estados Islâmico desde outubro de 2017. De acordo com um balanço da ONU divulgado no final de 2020, a crise causou o deslocamento de 670.000 pessoas e mais de 2.500 mortes. Somam-se a isso os efeitos dramáticos dos recentes ataques em Palma, que representam “uma evidente escalada do conflito”, continua Ulrich Kny.
A ACS garantiu uma contribuição emergencial inicial de 160.000 euros. Soma-se a isso o apoio aos sacerdotes e religiosos da região e a outros projetos relacionados com as necessidades mais urgentes da Igreja.
No entanto, isso não é mais suficiente, conclui o Project Manager da ACS, “precisamos incrementar o apoio financeiro e as orações pela Igreja no norte de Moçambique. Face ao esperado aumento substancial do afluxo de refugiados, a Diocese de Pemba e as vizinhas, já totalmente sobrecarregadas com a catástrofe humanitária, não poderão aumentar a sua atividade sem ajuda externa”.
- Japão e EUA discutem câmbio em meio a críticas de Trump - 25 de abril de 2025 10:40 am
- Índia convoca diplomata do Paquistão após ataque em Caxemira - 25 de abril de 2025 10:35 am
- ONU alerta sobre expansão global de fraudes cibernéticas - 25 de abril de 2025 10:27 am