Oficiais da polícia de Myanmar se juntam aos protestos

Funcionários do governo e policiais em Mianmar estão participando dos protestos contra o golpe de Estado de 1º de fevereiro, enquanto os militares advertem que punirá estritamente aqueles que pedem para que as pessoas se juntem às manifestações.

Um grande número de pessoas tomou as ruas da maior cidade de Yangon, a capital, Naypyitaw, e outras partes do país na quarta-feira. Os protestos maciços continuaram por cinco dias consecutivos desde o último sábado.

No estado oriental de Kayah, cerca de 50 policiais de uniforme se recusaram a desempenhar suas funções e encenaram um protesto. Eles fizeram uma faixa lendo: “Nós nos opomos à ditadura militar” e cantaram slogans pró-democracia.

Um grupo de funcionários públicos liderando os protestos disse que mais da metade dos oficiais de pelo menos cinco ministérios, incluindo o Ministério da Energia e o Ministério da Construção Civil, estão participando das manifestações. O grupo disse que seu objetivo é impedir o funcionamento do governo liderado pelas forças armadas.

Em resposta, os militares disseram, em uma declaração na noite de quarta-feira (10), que identificarão pessoas que convocam funcionários públicos para participar das manifestações e os punirão de acordo com a lei.

Observadores dizem que os militares estão mostrando uma posição dura, pois a recusa dos funcionários públicos em desempenhar suas funções afetou as atividades econômicas, inclusive causando atrasos nos procedimentos de desembaraço aduaneiro.