Japão confirma primeiro caso de infecção pela variante do coronavírus chinês

O ministro da saúde do Japão informou que cinco pessoas que voltaram da Grã-Bretanha apresentaram positivo para uma nova variante do coronavírus chinês.

Tamura Norihisa disse aos repórteres, nesta sexta-feira (25), à noite, que os cinco estavam, anteriormente, foram detectados como infectados pelo coronavírus chinês após testes em dois aeroportos no Japão.

O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas analisou suas amostras e descobriu que o vírus é a nova variante que se espalha na Grã-Bretanha. Esta é a primeira vez que foi confirmado que pessoas no Japão foram infectadas com a variante.

O Ministério da Saúde disse que dois deles chegaram ao aeroporto de Haneda, em Tóquio, na sexta-feira (18) da semana passada e no domingo (20), enquanto os outros três chegaram no aeroporto de Kansai na segunda-feira (21).

Os cinco têm idade entre menos de 10 e 60 anos. O ministério disse que quatro deles são assintomáticos, enquanto um deles relatou cansaço.

Na quinta-feira (24), o governo japonês impôs uma proibição temporária aos recém-chegados da Grã-Bretanha em resposta à propagação do que se acredita ser uma variante altamente contagiosa do coronavírus de Wuhan.

O diretor-geral do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, Wakita Takaji, disse não acreditar que a nova variante esteja se espalhando no Japão, no verdadeiro sentido em que foi encontrada durante as verificações de quarentena nos aeroportos.

Wakita também disse que se a variante começar a se espalhar no Japão, os surtos atuais no país poderão se expandir.

Ele enfatizou a necessidade de analisar a nova variante, dizendo que a patologia da variante não é compreendida ainda, e também se desconhece se as vacinas são eficazes contra ela.

Wakita observou que neste ponto as medidas para evitar que a variante entre no Japão são muito importantes.