Ministro das Relações Exteriores da China visita o Japão
O Ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, chega ao Japão nesta terça-feira (24), para conversações com seu homólogo, Motegi Toshimitsu. Ele também deve se encontrar com o Primeiro Ministro Suga Yoshihide no dia seguinte.
Esta será a primeira vez, desde a posse do Gabinete de Suga, que um alto funcionário da China está vindo ao Japão.
Tóquio espera discutir medidas para controlar a pandemia do coronavírus chinês, planos para retomar as viagens de empresários entre os dois países, e circunstâncias internacionais, tendo em mente as recentes eleições presidenciais americanas.
O Japão também quer reafirmar com a China a importância da comunicação de alto nível entre os países, a fim de construir laços bilaterais estáveis.
O lado japonês também planeja expressar preocupações sobre as atividades marítimas da China e seu rígido controle sobre Hong Kong.
Os navios chineses têm, repetidamente, invadido as águas territoriais do Japão ao largo das ilhas Senkaku, na província de Okinawa.
O Japão controla as ilhas. O governo japonês mantém as ilhas como parte inerente do território do país. China e Taiwan as reivindicam.
Um acadêmico, baseado em Beijing, descreveu a visita de Wang a Tóquio como um passo potencial para aliviar as tensões bilaterais.
O professor Lu Yaodong, do Instituto de Estudos Japoneses da Academia Chinesa de Ciências Sociais, discutiu a visita com a NHK.
Lu disse que o desenvolvimento das relações econômicas entre a segunda e terceira maiores economias do mundo poderia levar a um alívio das tensões bilaterais sobre política e segurança.
Lu, cujo instituto é afiliado ao governo chinês, acrescentou que o ponto alto da agenda será uma conclusão rápida de acordos de livre comércio entre o Japão, a China e a Coréia do Sul.
A visita de Wang ocorre depois que 15 nações assinaram a Parceria Econômica Integral Regional, ou RCEP, no início deste mês.
Um correspondente da NHK disse que a visita de Wang ao Japão, um aliado chave dos EUA, também pode ter como objetivo a erosão de um cerco da China liderado pelos EUA, à medida que os conflitos comerciais entre a China e os EUA se intensificam.
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