França prende 9 após ataque terrorista que matou professor

Promotores franceses estão mantendo nove pessoas sob custódia em conexão com o assassinato de um professor de escola fora de Paris. O professor, do ensino médio, tinha mostrado a seus alunos uma caricatura do Profeta Maomé como parte de uma aula sobre liberdade de expressão.

A mídia local disse que o professor, provavelmente, enfureceu alguns pais muçulmanos de alunos enquanto notícias da caricatura se espalhavam online.

A polícia encontrou o corpo do professor decapitado quando chegou ao local após receberem um telefonema sobre um homem suspeito na sexta-feira (16).

Os policiais atiraram no homem após ele ter gritado “Deus é grande” em árabe e os atacaram com uma faca.

Reportagens da mídia dizem que o suspeito, de 18 anos, era de origem russa e de origem chechena.

Os nove detidos incluem membros da família do suspeito e pais dos alunos da escola.

Em 2015, islâmicos invadiram o escritório da publicação satírica Charlie Hebdo em Paris, matando 12 pessoas, depois que a revista publicou uma caricatura retratando o Profeta Maomé.

No mês passado, um paquistanês esfaqueou duas pessoas perto dos escritórios antigos da Charlie Hebdo, depois que a revista republicou a caricatura.

Enquanto muitas pessoas na França apoiam fortemente a idéia de que as críticas a uma religião devem ser permitidas como parte da liberdade de expressão, os muçulmanos, assim como as pessoas em muitos países do Oriente Médio, se opõem fortemente a ela e a vêem como um insulto à sua religião.

O presidente francês Emmanuel Macron visitou o local do ataque e disse que um compatriota havia sido assassinado porque estava ensinando sobre a liberdade de expressão.

Macron disse que o professor foi vítima de um ataque terrorista de um extremista islâmico e apelou ao povo francês para que se unisse contra o terrorismo.