O que se sabe até agora sobre o ataque a faca perto da antiga sede do Charlie Hebdo

Várias pessoas foram feridas na capital francesa, nesta sexta-feira (25), ao lado do ex-escritório do Charlie Hebdo, a revista satírica que se tornou alvo de dois ataques terroristas nos últimos dez anos.

O primeiro ministro francês, Jean Castex, disse na sexta-feira que pelo menos quatro pessoas foram feridas durante uma onda de esfaqueamentos na Boulevard Richard-Lenoir em Paris, a área onde a sede de Charlie Hebdo estava localizada anteriormente.

Aqui está o que se sabe sobre o ataque até agora:

O ataque com faca foi realizado no Boulevard Richard Lenoir, que vai da Place de la Bastille até a Avenue de la République. A polícia francesa anunciou no Twitter que uma operação estava em andamento na área e a população foi fortemente aconselhada a evitá-la.
Foi inicialmente noticiado pela mídia, citando uma “fonte investigativa”, que um ataque foi realizado por duas pessoas, pois elas foram vistas “fugindo”.
Mais tarde, porém, a polícia francesa confirmou que prendeu uma pessoa relacionada ao esfaqueamento e não estava procurando por outros suspeitos. Diz-se que a pessoa em questão foi detida nos degraus da Ópera da Bastilha, quando foi encontrada com roupas cobertas de sangue.
Foi relatado pela France Info que a polícia francesa prendeu um segundo suspeito.
Pelo menos quatro pessoas foram feridas no ataque, restando duas em estado “extremamente grave”.
O ataque ocorreu perto do antigo escritório da revista satírica Charlie Hebdo, que sofreu dois ataques terroristas no passado, em 2011 e 2015, relacionados com o conteúdo controverso da mídia. O último teve 12 pessoas mortas, incluindo seu diretor de publicação, após a publicação de um desenho animado do Profeta Maomé.
O esfaqueamento ocorre quando um julgamento está sendo realizado na capital francesa, em relação ao ataque terrorista de 2015, onde 14 réus enfrentam uma pena de prisão por “cumplicidade ao terrorismo”, esperando-se que alguns deles fiquem presos por toda a vida.
Os promotores franceses abriram uma investigação de terrorismo após o ataque.