Fabricantes de medicamentos colocam a segurança em primeiro lugar em relação a possíveis vacinas

Nove importantes fabricantes de medicamentos em todo o mundo emitiram uma declaração conjunta prometendo colocar a segurança em primeiro lugar no desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus.

Empresas como a AstraZeneca, sediada na Inglaterra, e a Pfizer, sediada nos EUA, emitiram a declaração nesta terça-feira (8).

Eles dizem que “sempre farão da segurança e do bem-estar dos indivíduos vacinados a prioridade máxima”.

As empresas acrescentam que “só submeterão para aprovação ou autorização de uso emergencial após demonstrarem segurança e eficácia através de um estudo clínico de Fase 3 que é projetado e conduzido para atender às exigências de autoridades reguladoras especializadas, como a FDA”.

As vacinas contra coronavírus chinês atualmente em desenvolvimento ainda não passaram na fase final dos ensaios clínicos.

Mas a China e a Rússia já autorizaram seu uso, e as autoridades americanas sugeriram que também eles aprovariam o uso emergencial das vacinas.

Tem sido apontado que governos de todo o mundo estão se apressando para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus chinês a fim de reforçar sua posição na comunidade internacional.

Observadores observaram que nos EUA, as empresas farmacêuticas podem estar sob pressão política para acelerar os pedidos de aprovação antes das eleições presidenciais de novembro.

A declaração parece ser um esforço para tratar de preocupações sobre interferência política, dando prioridade máxima à segurança.

O Fórum Econômico Mundial entrevistou cerca de 20 mil pessoas em 27 países, incluindo o Japão, de julho a agosto deste ano.

26% dos entrevistados disseram que estão preocupados com o impacto da vacina sobre sua saúde e relutam em ser vacinados. Garantir a segurança é um grande desafio.