Ativistas de Hong Kong levantaram fundos dizem meios de comunicação

Jornais de Hong Kong relataram que ativistas pró-democracia angariaram, recentemente, fundos para os meios de comunicação social. Os ativistas foram detidos na segunda-feira e libertados sob fiança, após um dia de prisão.

O jornal pró-China, Ta Kung Pao, disse nesta quinta-feira (13), que Agnes Chow e dois homens estavam envolvidos num grupo que pede às nações estrangeiras, nos meios de comunicação social, para que imponham sanções ao governo de Hong Kong e que solicitam doações. Os três ainda estavam envolvidos, mesmo depois de uma nova lei de segurança nacional para o território ter entrado em vigor em finais de Junho.

O jornal dizia que outro ativista, que vive na Grã-Bretanha e está numa lista de procurados da polícia de Hong Kong, também estava também envolvido na atividade online.

Outro jornal pró-China noticiou nesta quinta-feira (13), que o magnata da mídia de Hong Kong, Jimmy Lai, tinha oferecido dinheiro ao grupo de angariação de fundos. Lai foi também detido na segunda-feira (10), e libertado sob fiança após um dia de detenção.

Chow classificou sua prisão como uma repressão política, e disse que a polícia nunca lhe disse o motivo de sua prisão.

A detenção dos ativistas pró-democracia de alto nível e do magnata dos meios de comunicação ocorreu numa altura em que Hong Kong e a China continental enfrentam uma condenação internacional crescente por causa da nova lei de segurança. O governo dos EUA impôs, recentemente, sanções a altos funcionários governamentais de Hong Kong e da China continental.

Observadores dizem que as detenções de ativistas com suspeitas de ligações com nações estrangeiras podem ter como objectivo controlar a ingerência externa.