A conclusão da usina de reprocessamento de combustível nuclear foi adiada

O operador de uma usina de reprocessamento de combustível nuclear no nordeste do Japão declara que adiará a conclusão programada da instalação por um ano. A usina é a peça central da política de reciclagem de combustível nuclear do governo japonês.

Esta é a 25ª vez que a Japan Nuclear Fuel Limited atrasa a conclusão programada da usina. O operador diz que agora pretende concluir a construção na primeira metade do ano fiscal de 2022, que está 25 anos atrasada em relação ao cronograma.

A instalação, na vila de Rokkasho, na Prefeitura de Aomori, nordeste do Japão, foi projetada para extrair plutônio do combustível nuclear usado, gerado por usinas elétricas, para reciclagem.

Masuda Naohiro, presidente da Japan Nuclear Fuel Limited, relatou a decisão ao governador de Aomori, Mimura Shingo, nesta sexta-feira (21).

Masuda explicou que seria necessário tempo considerável para se preparar para garantir a segurança contra os tornados, assim como para a avaliação desse trabalho.

Masuda disse que a empresa quer iniciar a operação em escala real após a conclusão da usina na primeira metade do ano fiscal de 2022, mediante aprovação das prefeituras locais.

Ele pediu desculpas à população local por preocupações causadas pelo atraso.

O governador pediu a Masuda que continuasse os esforços para melhorar ainda mais a segurança da usina.

No mês passado, a Autoridade de Regulamentação Nuclear deu luz verde ao operador para concluir a construção da usina. O NRA levou mais de seis anos para rever o pedido da operadora com base nas novas regulamentações estabelecidas após o desastre nuclear de 2011 em Fukushima.

A conclusão programada da usina foi adiada muitas vezes devido a vários problemas e outras razões.

Alguns especialistas apontaram questões técnicas relativas ao gerenciamento e manutenção no local, dado o considerável atraso no cronograma.

As perspectivas para o uso do plutônio extraído também não são claras.