Ataques cibernéticos cada vez maiores na Austrália

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, informa que seu país tem sido alvo de ataques cibernéticos por um agente patrocinado por um país, ao longo de um período de meses.

Morrison disse em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (19), que as organizações australianas estavam “atualmente sendo alvo de um agente cibernético sofisticado baseado financiado por um país”.

Ele disse que o governo sabe que é um agente estatal por causa da “escala e natureza do alvo”, mas se recusou a dizer quem a Austrália acredita ser o responsável.

A mídia local, incluindo a emissora pública ABC, cita altos funcionários do governo como dizendo que acreditam que a China esteja por trás dos ataques.

Os laços bilaterais têm se desvanecido desde que Morrison, em abril, pediu uma investigação independente sobre a origem da pandemia do coronavírus chinês. A China reagiu com veemência ao pedido.

A atividade cibernética ” criminosa ” foi encontrada em vários setores, incluindo todos os níveis do governo, infra-estrutura crítica e serviços essenciais. Mas os investigadores não revelaram até agora nenhuma violação de dados pessoais em larga escala.

Morrison disse que embora a atividade não seja novidade e o governo esteja ciente e em alerta contra a ameaça de ataques cibernéticos, a freqüência tem aumentado.

A Austrália já foi alvo de ciberataques suspeitos patrocinados por um país. Em fevereiro de 2019, os servidores do Parlamento australiano foram invadidos, visando os principais partidos políticos do país.

A China está negando qualquer envolvimento nos ciberataques.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês disse na sexta-feira que a China protege firmemente a segurança da Internet e é um dos maiores Estados vítimas dos ciberataques.

Zhao Lijian disse que Pequim se opõe a qualquer ataque desse tipo e que está reprimindo-os de acordo com a lei.