Medidas de permanência em casa espalham-se pelo Japão

No Japão, mais pessoas estão sendo convidadas a tomar medidas para retardar um surto de infecções por coronavírus chinês.

As pessoas em Tóquio estão se adaptando a uma mudança repentina no seu estilo de vida, uma vez que o número de casos lá ultrapassou 2.000.

A estação Shinjuku é conhecida por grandes multidões. Mas o início desta semana de trabalho mostra uma diferença. Muitos estão ficando em casa ou mudando seus horários para evitar a hora do rush.

Um homem disse: “Eu vou trabalhar de 7 a 3. Estou tentando evitar multidões o máximo possível”.

Outros dizem que tem sido difícil mudar a forma como trabalham. Uma mulher disse: “É impossível fazer trabalho remoto para o meu tipo de emprego. Eu invejo as pessoas que podem trabalhar em casa”.

Tóquio e as prefeituras vizinhas estão em estado de emergência, pedindo o fechamento de empresas não essenciais. As medidas de Saitama começaram nesta segunda-feira (13).

As autoridades nas vizinhas Chiba, Osaka e Fukuoka no oeste do Japão ainda estão finalizando as novas regras.

Hokkaido, no norte do Japão, foi a primeira prefeitura a declarar estado de emergência, que suspendeu no mês passado. Mas novos casos levaram o governador a decretar novamente as escolas para que fossem fechadas.

O governador de Hokkaido, Suzuki Naomichi, disse: “Olhando para o aumento do número de pacientes, esta pode ser uma segunda onda”.

Os casos recentemente confirmados na prefeitura atingiram dois dígitos cinco dias seguidos.

Em todo o Japão, mais de 7.400 pessoas testaram positivo para o vírus.
A contagem não inclui os mais de 700 casos ligados ao navio cruzeiro Diamond Princess, que foi colocado em quarentena em Yokohama em fevereiro.

Cerca de 150 pessoas já morreram, incluindo 12 do navio.
O governo japonês quer que as prefeituras em estado de emergência reduzam o número de seus funcionários no escritório para não mais que três de cada dez.

O governo começou a usar dados de telefones celulares para rastrear o número de pessoas em distritos-chave. As autoridades dizem que as pessoas nas grandes cidades já reduziram seus movimentos em cerca de 60 a 70 por cento. As autoridades esperam que isso estimule as pessoas a fazerem mais.