Austrália exige investigação independente sobre origens do covid-19, diz que OMS deve ficar de fora
Esta semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que seu país deixaria de dar apoio financeiro à Organização Mundial da Saúde OMS – devido ao mau gerenciamento da pandemia do coronavírus chinês, ao mesmo tempo em que criticava a China por falta de transparência em relação à crise que teve origem em Wuhan.
A ministra australiana das Relações Exteriores, Marise Payne, pediu um inquérito independente sobre as origens e o tratamento da crise do coronavírus chinês, argumentando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não deveria fazer parte da investigação, de acordo com os comentários oficiais ao programa Insiders da ABC.
“Precisamos saber o tipo de detalhes que uma análise independente identificaria para nós sobre a gênese do vírus, sobre as abordagens para lidar com ele (e) abordar a abertura com que a informação foi compartilhada”, disse Payne, que também é senadora de New South Wale.
A ministra das Relações Exteriores ainda concordou com a visão de que o coronavírus se originou no mercado de Wuhan no final de 2019, e disse que confiava na China “em termos do trabalho que precisamos fazer juntos”. No entanto, a oficial questionou a “transparência” das autoridades chinesas em relação à crise.
“A minha confiança na China está baseada no longo prazo”, frisou a senadora. “Minha preocupação é em torno da transparência e garantir que sejamos capazes de nos engajar abertamente”.
“As questões em torno do coronavírus chinês são assuntos para uma revisão independente, e eu acho que é importante que façamos isso. Na verdade, a Austrália vai insistir absolutamente nisso”, disse Payne, argumentando que é exatamente um “mecanismo de revisão independente” que deve ser criado para avaliar os detalhes em torno da propagação do vírus e as interações iniciais da China com a OMS e outros líderes internacionais.
O desenvolvimento ocorre depois que o presidente americano, Donald Trump, anunciou que congelaria os fundos para a OMS, enquanto acusava a organização de fazer afirmações enganosas em janeiro em relação aos mecanismos por trás da transmissão do vírus. Ele também o criticou por ser “China-cêntrico” e conspirar com Pequim para esconder informações sobre a seriedade do surto inicial da COVID-19.
O presidente dos Estados Unidos disse que relatórios sobre a origem do vírus em Wuhan e se ele foi fabricado em um dos laboratórios chineses, estavam sendo investigados, enquanto insistia que Pequim enfrentaria consequências se fosse “conscientemente” responsável pela atual crise de saúde mundial.
A China tem, repetidamente, descartado toda especulação de que o coronavírus poderia ter se originado em uma de suas instalações de pesquisa.
De acordo com dados publicados pela Universidade Johns Hopkins, há cerca de 6.500 casos confirmados de coronavírus na Austrália e menos de 70 mortes.
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