Sem diretrizes para combate ao coronavírus diz OMS

Especialistas em saúde em todo o mundo estão, agora, avaliando a eficácia da quarentena no Japão. Alguns dizem que as medidas de prevenção do vírus a bordo do navio não foram suficientemente boas, mas a OMS diz que é muito cedo para saber enquanto os peritos correm para descobrir mais sobre o vírus.

O epidemiologista sênior da OMS, Matthew Griffith, é um conselheiro técnico que tem analisado epidemias e aconselhado as autoridades japonesas.

Ele disse que o vírus é um “alvo em movimento”, o que dificulta a coleta de informações sobre ele e o tratamento das pessoas ao mesmo tempo.

Griffith disse que: “Ninguém tinha lidado com uma situação como esta antes, um novo coronavírus, a bordo de um navio com 4000 pessoas. Não há diretrizes para isso. Não há experiências anteriores para isso”.

As críticas têm sido feitas tanto no Japão como internacionalmente. Alguns especialistas médicos questionaram se Diamond Princess deveria ter ficado de quarentena por duas semanas depois que chegou em Yokohama.

O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas relatou que o novo coronavírus continuou a se espalhar a bordo, mesmo depois que os passageiros foram instruídos a permanecer em suas cabines como medida de quarentena.

Griffith disse que muitos passageiros, provavelmente, já estavam infectados antes de as medidas serem promulgadas.

Ele disse que: “Antes de chegar a Yokohama, houve um aumento no número de chamadas telefônicas para a clínica ou visitas à clínica no navio.”

Ele acrescentou que: “Eu acho que é realmente importante entender que, provavelmente, havia uma quantidade substancial de transmissão no navio antes de chegar a Yokohama”.

Outra crítica se concentrou em se as autoridades sanitárias tomaram medidas suficientes para isolar as pessoas.

Griffith disse: “Devido à natureza do navio, não foi possível isolar cada pessoa individualmente”. Quero dizer, quando a navio chegou, havia quase 4000 pessoas a bordo e não havia instalações suficientes para isolar as pessoas individualmente”.

Griffith observou que as decisões sobre quarentenas são sempre um equilíbrio entre cautela e viabilidade. Mas ele acrescentou que o mundo está em território desconhecido, e que a natureza sem precedentes do coronavírus significa que levará tempo para que os especialistas conheçam o melhor caminho a seguir.