Milhares de manifestantes armados protestam contra leis de controle de armas na Virginia, EUA

Dezenas de milhares de defensores dos direitos de armas, muitos deles armados, reuniram-se na capital da Virgínia nesta segunda-feira (20), quando o governador declarou estado de emergência antes de um protesto contra as novas leis mais rígidas de controle de armas prometidas pelo governo de maioria democrata recém-eleito do estado.

Cantando “Não vamos cumprir”, ativistas dos direitos a armas lotaram a rua em frente à sede do estado da Virgínia, onde o governador, Ralph Northam, havia proibido, temporariamente, qualquer pessoa de portar armas de fogo. Nas ruas, no entanto, alguns manifestantes carregavam espingardas e usavam equipamento tático completo. Um manifestante estimou que até 70% da multidão estava armada, a maioria deles de forma mais discreta, com armas de mão escondidas. A polícia estimou que 22 mil pessoas compareceram a manifestação, a maioria delas nas ruas fora da sede do estado, onde as armas eram permitidas.

Políticos da Virgínia tinham se preparado para uma potencial violência na sede do estado, com alguns levantando o receio de que a manifestação de direitos a armas pudesse se tornar violento, como o mortal comício da supremacia branca de 2017, em Charlottesville.

Em vez disso, o comício de segunda-feira estava calmo, com membros das milícias e grupos da direita, como os “Proud Boys” passeando pelas ruas, mas sem violência. Em parte devido à presença esperada de milhares de virginianos que não tinham qualquer afiliação com grupos de ódio, os ativistas anti-facistas locais tinham anunciado dias antes do comício que não haveria contra-protestos.

Uma pessoa foi presa, por usar uma máscara em público, disse a polícia.

A única prisão levantou questões, já que muitos manifestantes nas ruas fora do comício estavam usado máscaras.