Pelo menos 63 mortos em 2 dias de protestos anti-governo no Iraque
O Alto Comissariado Iraquiano para os Direitos Humanos informa que dois dias de protestos anti-governamentais deixaram 63 pessoas mortas e quase 2.600 feridas.
As pessoas, frustradas com os serviços públicos pobres e o alto desemprego, começaram a se mobilizar na capital, Bagdá, nas cidades do sul e em outros lugares na sexta-feira (25). Faz exatamente um ano que o primeiro-ministro Adel Abdul-Mahdi tomou posse.
Alguns manifestantes se tornaram violentos na cidade sulista de Nasiriya no sábado, incendiando um prédio.
Cerca de uma semana de manifestações antigovernamentais no Iraque, no início deste mês, custaram as vidas de 157 pessoas.
A Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para o Iraque, Jeanine Hennis-Plasschaert, emitiu uma declaração no sábado.
A declaração apela ao Governo iraquiano e aos manifestantes para que resolvam a situação através do diálogo e de outros meios. Ela diz: “O Iraque… não pode se dar ao luxo de voltar a um novo ciclo de violência”.
O primeiro-ministro procurou acalmar os protestos prometendo medidas como benefícios para os desempregados e cortes nos salários dos legisladores.
Mas os manifestantes continuam a acusar os funcionários do governo de corrupção e a exigir a demissão do primeiro-ministro e de outros líderes.
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