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94 jornalistas foram mortos em 2018

Profissionais do setor de mídia foram mortos em assassinatos seletivos, bombardeamentos ou situações de conflitos armados.

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94 jornalistas foram mortos em 2018.

Profissionais do setor de mídia foram mortos em assassinatos seletivos, bombardeamentos ou situações de conflitos armados.

O número de jornalistas e outros trabalhadores de mídia mortos em 2018 subiu para 94, 12 a mais do que em 2017, segundo dados reunidos pela Federação Internacional de Jornalistas, divulgados neste domingo (30).

O aumento registado este ano surge após um declínio verificado nos últimos seis anos, segundo a agência Associated Press, com base no relatório anual daquela entidade que deverá ser divulgado nesta segunda-feira (31).

Os jornalistas e outros trabalhadores do setor de mídia foram mortos em assassinatos seletivos, bombardeamentos e durante diversas situações de conflitos armados.

Antes do declínio, iniciado nos últimos seis anos, 121 pessoas que trabalhavam para organizações ligadas a mídia foram mortas, e o pior ano foi em 2006, com 155 profissionais abatidos.

O país onde a mortalidade foi mais elevada para os jornalistas este ano foi o Afeganistão, com 16 pessoas, o México a seguir, com 11, o Iêmen com nove e a Síria oito, contabilizou a Federação, que faz este relatório anual desde 1990.

Para além da trágica perda de vidas, estes ataques afetam a busca de notícias em várias comunidades e países, sublinhou o presidente da entidade, Philippe Leruth.

“Os jornalistas são alvo porque são testemunhas. E o resultado disto é um aumento da autocensura”, alertou, em declarações à Associated Press.

O Iraque, onde 309 profissionais de mídia foram mortos nos últimos 25 anos, tem estado há muito no topo da lista da federação.

Este ano um fotojornalista foi morto naquele país.

A federação constitui uma rede de mais de 600 mil mídias de 187 organizações, em mais de 140 países, alguns deles com situações de conflito armado.

Outros fatores estão afetando a atividade dos jornalistas em busca de notícias, nomeadamente, segundo a entidade, o aumento da intolerância à informação independente, populismo, corrupção, crime, e o colapso da lei e da ordem em alguns territórios.

Em sexto lugar na lista, estão os Estados Unidos da América, com cinco mortos.

Em junho, um homem entrou na redação do jornal Capital Gazette, em Annapolis, Maryland, e abriu fogo contra os jornalistas, matando quatro pessoas, e um outro trabalhador.

O autor do ataque tinha perdido um processo na justiça por difamação.

Em outubro, um caso que correu o mundo, foi o do escritor e jornalista saudita Jamal Khashoggi, colaborador do The Washington Post, em autoimposto exílio nos Estados Unidos, que foi morto no consulado saudita em Istambul, na Turquia.

“A estatística mais chocante é que nove em cada dez casos de mortes de jornalistas ficam impunes”, disse Philippe Leruth.

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