Japão receberá 10.000 cuidadores vietnamitas até o verão de 2020.
O Japão estabeleceu uma meta de aceitar 10 mil cuidadores vietnamitas até o verão de 2020 para lidar com uma escassez crônica de mão-de-obra no setor de enfermagem, disse uma autoridade do governo nesta quarta-feira (25).
Primeiro, o Japão pretende receber 3.000 vietnamitas dentro de um ano, por meio de um programa de treinamento existente para estrangeiros, de acordo com o funcionário, que falou sob a condição de anonimato.
Devido ao rápido envelhecimento da população no país, o Ministério do Trabalho estima a necessidade de mais 550.000 cuidadores em 2025, em comparação com o total do ano de 2016.
O Japão também está considerando convidar cuidadores de outros países, incluindo a Indonésia e o Camboja, disse a autoridade.
Em março do ano passado, havia cerca de 1,9 milhões de cuidadores no Japão. O Ministério do Trabalho estima que o Japão precisará de cerca de 2,45 milhões de trabalhadores de assistência em 2025.
Uma nova lei japonesa foi promulgada em novembro do ano passado para adicionar cuidados de enfermagem à lista de campos em que os estrangeiros podem trabalhar sob o programa de treinamento.
Apesar da mudança, o Japão está lutando para garantir os cuidadores do exterior, já que eles precisam falar japonês suficiente para ter uma conversação básica e possuir certas outras qualificações.
Em julho, havia apenas dois estagiários de enfermagem sob o programa do governo, ambos da China.
Autoridades japonesas e vietnamitas têm mantido conversações sobre cooperação bilateral na área de cuidados de enfermagem e concordaram, em junho, em implementar um sistema que permita que mais cuidadores do país do Sudeste Asiático trabalhem no Japão.
Uma medida a ser tomada é permitir que as empresas empreguem cuidadores vietnamitas e paguem para que frequentem escolas de língua japonesa, antes de virem para o Japão, em vez de os estagiários pagarem.
Já foram selecionadas 12 empresas japonesas que podem trazer um total de 3.000 trabalhadores, segundo o funcionário.
O programa de treinamento para estrangeiros foi introduzido em 1993, com o objetivo de transferir habilidades tecnológicas para países em desenvolvimento, treinando trabalhadores que retornariam para casa. O governo está, agora, procurando permitir que eles permaneçam mais de cinco anos, o máximo atual para os estagiários.
Em um desenvolvimento relacionado, o primeiro-ministro Shinzo Abe disse nesta terça-feira (24), que o Japão pretende aceitar mais trabalhadores estrangeiros a partir de abril do próximo ano, criando um novo status de residência.
Para preencher a escassez de mão-de-obra, não só nos cuidados de enfermagem, mas também em outros setores, incluindo a agricultura e a indústria, o governo sugeriu que pode começar a admitir centenas de milhares de operários do exterior.
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