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Japão: menina de 5 anos assassinada pelos pais escreveu bilhetes implorando para que parassem de bater nela

Image © (Yuri Funato, a mãe, no momento da prisão, nesta quarta-feira (6) / Reprodução / Agência Kyodo / via The Japan Times) Jun/2018

Japão: menina de 5 anos assassinada pelos pais escreveu bilhetes implorando para que parassem de bater nela.

Uma menina de cinco anos, que morreu depois de ter sido abusada por sua mãe e padrasto, deixou um caderno e bilhetes escritos em hiragana com apelos para que o casal parasse de abusar dela, disse a polícia na quarta-feira (6).

A polícia prendeu o casal em Tóquio por suspeita de deixar a filha da mulher sozinha, sem comida ou cuidados médicos suficientes, resultando em sua morte, em sua casa no distrito de Meguro.

Segundo a polícia, Yudai Funato, de 33 anos, e sua esposa, Yuri, de 25 anos, não haviam dado comida suficiente à filha Yua e vinham espancando-a desde o final de janeiro. Funato não é o pai biológico da menina.

Em depoimento, Yuri disse a polícia que Funato regularmente dizia a Yua que ela era gorda e obrigou a menina e levantar todos os dias às 4 horas da manhã e escrever seu peso em um caderno. Todos os dias, Yua recebia apenas uma tigela de sopa e meia tigela de arroz.

A polícia diz que a negligência dos pais em relação a Yua resultou em sua morte por septicemia causada por pneumonia em 2 de março.

Yua pesava apenas 12 quilos quando foi encontrada morta, em comparação com o peso médio de sua idade de 20 quilos. Ela também tinha ulceração produzido pelo frio, depois que Funato a fez dormir na varanda durante o inverno.

Em uma das notas encontradas pela polícia, Yua escreveu: “Farei melhor amanhã do que hoje. Por favor, me perdoe”. Em outro, ela escreveu que sentia muito por ter brincado e que não faria isso de novo.

A polícia relatou que o casal, em depoimento, disse que eles não levaram Yua para o hospital mais cedo porque estavam com medo de que o abuso deles fosse descoberto. No final, Funato fez uma ligação de emergência, dizendo: “Nossa filha não comeu por alguns dias e vomitou, e seu coração parece não estar batendo”.

A família vivia na Prefeitura de Kagawa, onde Yua foi detida, provisoriamente, duas vezes por um centro de bem-estar infantil local (Jidosodansho), antes de se mudar para Tóquio. A polícia da província de Kagawa havia encaminhado Funato aos promotores duas vezes, por suspeita de tê-la ferido.

Quando a família se mudou para Tóquio, as autoridades de Kagawa notificaram um escritório de bem-estar infantil em Shinagawa. Representantes visitaram o apartamento dos Funatos no dia 9 de fevereiro, mas a mãe de Yua não os deixou entrar. Yua deveria começar o ensino fundamental em abril.

Funato foi preso em 3 de março por abusar de Yua, socando-a no rosto. No entanto, sua esposa não foi presa no momento. Ela foi citada pela polícia dizendo que tinha medo do marido e não queria se envolver.

Mas nesta quarta-feira (6), a polícia decidiu que havia provas suficientes para acusar ambos de abusarem de Yua.

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