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Turistas são presos no Camboja por fazerem dança pornô em área de templos

Dez estrangeiros, dentre eles britânicos, canadenses, um dinamarquês, um norueguês e neozelandês de 19 a 35 anos de idade, correm o risco de permanecerem presos por "conduta indecente" perto de uma área considerada sagrada pelos cambojanos. As alegações são vistas como aviso para os turistas.

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Turistas são presos no Camboja por fazerem dança pornô em área de templos.

Dez estrangeiros, dentre eles britânicos, canadenses, um dinamarquês, um norueguês e neozelandês de 19 a 35 anos de idade, correm o risco de permanecerem presos por “conduta indecente” perto de uma área considerada sagrada pelos cambojanos. As alegações são vistas como aviso para os turistas.

Na semana passada, a prisão em Siem Reap – lugar turístico cambojano conhecido como rua dos bares – chocou muitos turistas. 77 adoradores de festas foram presos pela polícia do Camboja durante maior operação policial do país contra indecência chamada de o Rei do Milagre.

Apesar dos dez turistas ocidentais, que atualmente estão presos, terem pedido desculpa pelo “erro” cometido, eles correm o risco de passar um ano na cadeia por produzir materiais pornográficos. Algumas imagens “indecentes” dos turistas foram publicadas pela polícia cambojana.

“Eles querem ir para casa. Eles não querem ficar mais aqui”, disse o advogado Sourng Sophea, citado pela emissora nacional norueguesa NRK, sugerindo ter sido uma reação exagerada das autoridades cambojanas. “Quando a polícia chegou, eles estavam vestidos com roupa íntima enquanto bebiam. Acusações de que estavam produzindo pornografia são exageradas, bem como o fato de agora estarem presos”, adicionou ele.

O vice-presidente de Direitos Humanos na Ásia, Phil Robertson, frisou que a detenção pode ser uma reação à onda de casos semelhantes nos últimos anos, de turistas posando sem roupa em ruínas, que são consideradas pela população como lugares sagrados.

Em janeiro de 2015, uma mulher sem camisa no Templo de Preah Khan enfureceu o Camboja. A identidade da modelo sem sutiã não foi revelada. No mesmo ano, três casos de turistas posando, com poucas roupas, em lugares sagrados levaram à prisão. No final de 2017, dois norte-americanos foram presos em Bangkok depois de publicarem imagens “indecentes” em Angkor.

Fotos de turistas desnudos se tornaram tão virais que as autoridades no Camboja instalaram cartazes contra “profanação de templos”.

Dança de turistas no Camboja

Segundo frisou Richardsonn, em entrevista à NRK, sobre o caso em Siem Reap, “os jovens estavam se divertindo em um bar, mas por alguma razão, a polícia de Siem Reap optou por detê-los”. Ele sublinhou que a medida mais aplicada pelas autoridades corresponde à expulsão do país. Richardsonn acredita que as detenções possam ter um impacto negativo no turismo do Camboja.

Ao longo de várias décadas, Angkor passou a ser um dos destinos mais procurados por turistas dos quatro cantos do mundo, gerando bilhões de dólares para o país.

“Acredito que a polícia, finalmente entenda que este ato foi estúpido e que multe os presos, expulsando-os do país”, declarou Robertson. Ele espera que a situação seja resolvida dentro de algumas semanas.

O Tempo Angkor Wat está na bandeira do país e em cédulas nacionais, sendo um dos maiores monumentos religiosos do mundo e lugar central para os cambojanos.

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