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O local de testes nucleares da Coréia do Norte corre risco de implosão, diz um cientista chinês

Se a montanha, sob a qual as últimas cinco bombas "quase que certamente" detonaram, desmoronasse, vazaria radiação em toda a região, adverte perito.

O local de testes nucleares da Coréia do Norte corre risco de implosão, diz um cientista chinês.

Se a montanha, sob a qual as últimas cinco bombas “quase que certamente” detonaram, desmoronasse, vazaria radiação em toda a região, adverte perito.

A montanha sob a qual a Coréia do Norte, provavelmente, conduziu os cinco últimos teste de bombas nucleares, incluindo o mais recente e poderoso no domingo (3), corre o risco de colapsar, disse um cientista chinês.

Ao medir e analisar as ondas de choque causadas pelas explosões e capturadas por estações de terremoto na China e países vizinhos, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, em Hefei, província de Anhui, disseram que estavam confiantes de que todos foram realizados sob a mesma montanha, no local de teste de Punggye-ri.

A equipe do laboratório de física sísmica e profunda da Terra fez um comunicado, publicado no site na segunda-feira (4). O líder, o geofísico Wen Lianxing, disse que com base em dados coletados por mais de 100 centros de monitoramento de terremotos na China, a margem de erro não ultrapassava os 100 metros.

Wang Naiyan, ex-presidente da China Nuclear Society e pesquisador sênior do programa de armas nucleares da China, disse que, se as descobertas de Wen forem confiáveis, haverá o risco de um grande desastre ambiental.

Outro teste nuclear pode fazer com que a montanha inteira caia sobre si mesma, deixando apenas um buraco, de onde a radiação poderia escapar e contaminar a região, incluindo a China, disse ele.

“Nós chamamos isso de tirando o telhado”. Se a montanha colapsar, e o buraco estiver exposto, ele deixará escapar muita radiação.”

A explosão de domingo foi seguida por um terremoto, oito minutos depois, que as autoridades sísmicas da China interpretaram como sendo desencadeada pela explosão.

Nem todas as montanhas são adequadas para testes de bombas nucleares, disse Wang, acrescentando que o pico tem que ser alto, mas as encostas, relativamente planas.

Com base no fato de que a Coréia do Norte tem uma área de terra limitada e tendo em conta a sensibilidade de seu programa nuclear, provavelmente não tem muitas montanhas adequadas para escolher.

Quanto tempo a montanha continuaria a suportar dependeria, também, de onde os norte-coreanos colocaram as bombas, disse Wang.

“Se as bombas estivessem implantadas no fundo de túneis perfurados verticalmente, a explosão causaria menos dano”, disse ele.

Mas os túneis verticais são difíceis e caros de construir, e não é fácil colocar cabos e sensores para coletar dados da explosão, disse ele. Muito mais fácil é fazer um túnel horizontal, no coração da montanha, mas isso aumenta o risco de explodir o topo, disse ele.

É provável que o tamanho crescente das bombas nucleares da Coréia do Norte também estejam fazendo “topping”, disse Wang.

“Uma bomba de 100 quilotons é relativamente grande. O governo norte-coreano deve parar os testes, pois representam uma grande ameaça, não apenas para a Coréia do Norte, mas para outros países, especialmente a China “, disse ele.

Wang acrescentou uma ressalva, no entanto, dizendo que os cálculos feitos por Wen e sua equipe poderiam estar errados. As ondas de terremotos viajam a diferentes velocidades através de rochas diferentes, por isso não é fácil fazer previsões precisas com base em dados sísmicos, disse ele.

Enquanto isso, as autoridades chinesas, incluindo a Administração Nacional de Segurança Nuclear, continuam monitorando de perto todos os testes nucleares realizados pela Coréia do Norte, disse Wang.

As leituras de radiação tomadas pelo governo na segunda-feira não mostraram nada fora do comum.

A equipe de Wen estimou que a energia liberada no último teste foi de cerca de 108,3 quilotons de TNT, ou 7,8 vezes a a mais do que a bomba atômica de Hiroshima, de 1945. Também superou em poder todas as bombas anteriores testadas pelos militares norte-coreanos.

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