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Reunificação das Coreias será “dolorosa e cara”

A hipotética reunificação das duas Coreias vai custar pelo menos 10 trilhões de dólares ($R 32 trilhões), diz Leonid Petrov, especialista em assuntos norte-coreanos da Universidade Nacional da Austrália.

Reunificação das Coreias será “dolorosa e cara”.

A hipotética reunificação das duas Coreias vai custar pelo menos 10 trilhões de dólares ($R 32 trilhões), diz Leonid Petrov, especialista em assuntos norte-coreanos da Universidade Nacional da Austrália.

Petrov disse à Sputnik Internacionalque no caso da queda do governo norte-coreano, apenas os custos imediatos de reunificação atingirão cerca de três trilhões de dólares ($R 10 trilhões) com mais sete trilhões ($R 22 trilhões) necessários durante a primeira década.

Segundo ele, a reunificação será vantajosa para a Coreia do Sul porque o seu vizinho do norte é rico em recursos naturais e força de trabalho.

Entretanto este cenário pode ter consequências negativas devido ao fosso ideológico, social e cultural muito considerável entre dois povos.

“A reunificação da Alemanha em 1980 custou cerca de dois trilhões de dólares [$R 6,4 trilhões]. Já a Coreia do Sul terá de pagar três trilhões de dólares iniciais, necessários para a reunificação do Norte pobre com o Sul rico”, explicou o especialista.

Petrov acrescentou que, quanto mais tarde se realizar a reunificação, menos onerosa será. Apesar das sanções, a Coreia do Norte está se recuperando da pressão econômica dos anos de 1990.

O especialista mencionou também o número de projetos turísticos e comerciais conjuntos nos quais os dois países estiveram envolvidos há uma década, no âmbito da denominada “Sunshine Policy”.

Ele disse que dois presidentes da Coreia do Sul visitaram Pyongyang para discutir o desenvolvimento econômico da península, incluindo instalações portuárias, caminhos de ferro, rodovias e mesmo a possibilidade de extensão das redes de eletricidade da Rússia à Península da Coreia.

“Infelizmente, o projeto ‘Sunshine Policy’ foi descontinuado em 2008 e as relações bilaterais entre dois países estão praticamente congeladas”, acrescentou.

As zonas de cooperação foram encerradas e as famílias, divididas desde a Guerra da Coreia, não conseguiram se reunir.

“Setenta anos de isolamento total criou duas nações diferentes, e o custo de reeducar o povo norte-coreano e preparar os sul-coreanos para a reunificação tão aguardada pode ser muito alto e doloroso”, disse Leonid Petrov.

Quanto ao agravamento das relações entre Pyongyang e Washington e o seu impacto sobre as relações entre as duas Coreias, o especialista disse que a Coreia do Norte está tentando contar com os seus próprios sistemas nucleares de mísseis.

Petrov duvida que Kim Jong-un ou outro membro do seu governo realmente planeje agravar a situação e crê que a diplomacia é que ajudará a evitar o Armagedom nuclear.

O especialista disse que os EUA estão supostamente conduzindo negociações com Pyongyang e isso incute esperança de que a guerra não seja inevitável.

A mídia começou a informar sobre uma possível guerra depois do agravamento das relações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte nos últimos tempos. O presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou na terça-feira (8) a Coreia do Norte com “fogo e fúria”. Pyongyang disse, por sua vez, que o país está disposto a desenvolver um plano de ataque de mísseis contra as bases militares norte-americanas na ilha de Guam.

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