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O Japão será capaz de conter um ataque nuclear da Coreia do Norte?

Sendo um dos países mais pacifistas do mundo, o Japão mantém a capacidade mínima de autodefesa. Mas, sendo também o único alvo de um possível ataque nuclear, o país está promovendo uma política firme no domínio da produção de armas antinucleares, comunica o The National Interest.

O Japão será capaz de conter um ataque nuclear da Coreia do Norte?

Sendo um dos países mais pacifistas do mundo, o Japão mantém a capacidade mínima de autodefesa. Mas, sendo também o único alvo de um possível ataque nuclear, o país está promovendo uma política firme no domínio da produção de armas antinucleares, comunica o The National Interest.

O Japão criou um poderoso sistema de defesa antimísseis que inclui os mísseis interceptores Sm-3 Block, instalados nos sistemas Aegis, e os Patriot, dotados de mísseis PAC-3, que protegem alvos específicos, nomeadamente Tóquio.

Entretanto, até recentemente, o Japão colocava a si próprio muitas limitações no que se refere a um ataque preventivo destinado à destruição dos mísseis do inimigo antes do seu lançamento, escreve o colunista do The National Interest, Kyle Mizokami.

Mas, de acordo com o autor, as coisas podem se alterar. Nos últimos anos, respondendo às ameaças da Coreia do Norte e à disputa com a China sobre as Ilhas Senkaku, no mar do Sul da China, o Japão se focou mais na produção de armas ofensivas.

Ao longo dos últimos meses houve a informação de que o Japão planeja adquirir mísseis antinavio para abater os projéteis norte-coreanos antes do seu lançamento.

PATRIOT Capabilidade avançada 3 (PAC-3) sistema antimíssil
© FLICKR.COM/ AGÊNCIA DE DEFESA ANTIMÍSSIL DOS EUA | Patriot Advanced Capability 3 (PAC-3) sistema antimíssil

Em maio de 2017 o jornal Sankei Shimbun comunicou que o governo do primeiro-ministro Shinzo Abe queria adquirir mísseis Tomahawk. Em junho, o Yomiuri Shimbun informou que o míssil desenvolvido pela Noruega pode ser um candidato promissor para equipar os F-35A japoneses.

O governo japonês negou toda a informação, mas é evidente que o governo tem planos de um ataque preventivo contra a Coreia do Norte.

Tal operação do Japão pode levar a uma guerra entre a Coreia do Norte e o Japão, especialmente se o líder norte-coreano sobreviver ao ataque inicial. Para destruir todos os mísseis móveis da Coreia do Norte o Japão terá que realizar uma vasta campanha aérea.

De acordo com o colunista do The National Interest, o primeiro passo do governo japonês agora é reforçar o seu serviço de inteligência, que deverá ser capaz não só de detectar os lançamentos iminentes mas também de monitorar o regimento de mísseis móveis e lança-mísseis da Coreia do Norte.

O segundo passo é adquirir armas como os Tomahawk e os Joint Strike Missiles. Os Tomahawk podem ser lançados contra as instalações nucleares da Coreia do Norte, enquanto os F-35As equipados com Joint Strike Missiles podem ser enviados para liquidar os lança-mísseis móveis.

Entretanto o Japão possui grande número de aviões que podem ser utilizados contra a Coreia do Norte. O patrulhamento aéreo dos F-15Js pode proteger os F-35s e outros aviões de combate japoneses da Força Aérea da Coreia do Norte e, possivelmente, da interferência da China. Mas uma campanha aérea vai exigir uma grande quantidade de combustível. A pequena frota de 4 aviões de reabastecimento KC-767J não pode cumprir esse objetivo, o país precisará de cerca de 20 aviões de reabastecimento.

De acordo com as estimativas, a Coreia do Norte possui de 10 a 20 armas nucleares, três das quais podem matar mais de 150 mil cidadãos japoneses. Um ataque contra prédios governamentais em Shinjuku pode causar 60 mil mortos e 106 mil feridos. Um ataque contra Osaka pode resultar em mais de 50 mil mortos e 117 mil feridos. Um ataque contra a base aérea de Yokota resultaria em cerca de 20 mil mortos e 45 mil feridos.

Assim, de acordo com o colunista do The National Interest, será difícil para o Japão realizar um ataque preventivo contra a Coreia do Norte, mas é possível. Para isso, o Japão terá que gastar mais em defesa, para criar uma força capaz de garantir a realização de um ataque preventivo, mas o problema é a dívida soberana do Japão, que agora atinge 200 % do PIB.

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