Japão e EUA intensificarão o sistema de defesa.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse que ele e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordaram plenamente com a necessidade de tomar novas medidas para lidar com ameaças de mísseis da Coréia do Norte.

Abe falou por telefone com Trump por cerca de 50 minutos, nesta segunda-feira (31). A Coréia do Norte confirmou, no sábado (30), que realizou um teste-lançamento no dia anterior de um míssil balístico intercontinental.

Abe disse que disse a Trump que os disparos na Coréia do Norte, de mísseis da classe ICBM, aumentaram significativamente a ameaça contra o Japão e os Estados Unidos e são absolutamente inaceitáveis.

Ele observou que Trump emitiu, imediatamente, uma declaração dizendo que os EUA tomarão todas as medidas necessárias para proteger seus aliados na região.

Abe disse que a declaração foi muito reconfortante e que o Japão está grato.

Trump respondeu que o mais recente míssil havia caído extremamente perto do arquipélago japonês e que os EUA estão muito preocupados.

Ele disse que os EUA e o Japão têm uma forte parceria e que o compromisso de seu país em defender o Japão é inabalável.

Abe e Trump concordaram com a importância de tomar medidas específicas para melhorar seus sistemas de defesa. Eles também decidiram convocar, imediatamente, para conversações de segurança os ministros de defesa e relações exteriores, numa reunião conhecida como conversações “2 mais 2”.

Eles também concordaram em buscar uma nova resolução de sanções do Conselho de Segurança da ONU contra a Coréia do Norte e exortar a China e a Rússia a implementar, firmemente, as sanções existentes.

Trump, alegadamente, mencionou que ele tinha “tuitado” sobre ficar desapontado com a China e que o país não estava fazendo nada para lidar com a Coréia do Norte. Abe disse que havia lido a mensagem.

Abe disse aos repórteres, após o telefonema, que continuam os esforços para resolver a questão da Coréia do Norte pacificamente, mas que o Norte escalou, unilateralmente, a situação, acrescentando que ele e Trump estão totalmente de acordo em que uma ação adicional é imperativa.