New York Times: Trump diz a Duterte que 2 submarinos nucleares estão em águas coreanas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse ao seu homólogo filipino que Washington enviou dois submarinos nucleares para águas ao largo da península coreana, disse o The New York Times.

Trump disse que “um grande e importante conflito” com a Coréia do Norte é possível, por causa de seus programas nucleares e de mísseis, e que todas as opções estão na mesa, mas que ele quer resolver a crise diplomaticamente.

A Coréia do Norte prometeu desenvolver um míssil com uma ogiva nuclear, que pode atingir os Estados Unidos, dizendo que o programa é necessário para combater a agressão dos EUA.

Trump disse ao presidente filipino, Rodrigo Duterte, que Washington tem “muito poder de fogo na região”, de acordo com o The New York Times, que citou uma transcrição de uma chamada de 29 de abril passado, entre os dois.

“Temos dois submarinos – os melhores do mundo, porém, não queremos usá-los, em absoluto”, o jornal citou Trump como dizendo a Duterte, baseado na transcrição.

O relatório foi baseado em uma transcrição filipina do telefonema, que foi divulgado na terça-feira (23) sob a tarja “confidencial” da divisão das Américas do Departamento de Relações Exteriores das Filipinas.

Em uma demonstração de força, os Estados Unidos enviaram o porta-aviões nuclear USS Carl Vinson para as águas da península coreana, onde se juntou ao USS Michigan, um submarino nuclear que atracou na Coréia do Sul, no final de abril.

De acordo com o Times, um alto funcionário do governo Trump em Washington, que não estava autorizado a discutir publicamente o telefonema, e insistindo no anonimato, confirmou que a transcrição era uma representação precisa do telefonema entre os dois líderes.

Trump discutiu informações sobre o Estado Islâmico com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, e o embaixador russo, Sergei Kislyak, durante conversações no salão oval, este mês, levantando questões sobre o tratamento que Trump dá a questões confidenciais.

Trump também elogiou Duterte por fazer um “trabalho inacreditável sobre o problema das drogas”, relatou o The New York Times, um assunto que atraiu muitas críticas no Ocidente.

Quase 9.000 pessoas, muitos pequenos traficantes e usuários, foram mortos nas Filipinas desde que Duterte tomou posse, em 30 de junho. A polícia diz que cerca de um terço das vítimas foram baleadas por policiais, em legítima defesa, durante operações legais.