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sexta-feira, 2024/04/19  12:33
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Japão deverá introduzir mais mísseis de cruzeiro em meio à ameaça norte-coreana

O Japão iniciou estudos para implantar novos mísseis de cruzeiro em resposta aos repetidos lançamentos de mísseis balísticos e testes nucleares da Coreia do Norte, disse uma autoridade do governo, nesta sexta-feira (5).

Japão deverá introduzir mais mísseis de cruzeiro em meio à ameaça norte-coreana.

O Japão iniciou estudos para implantar novos mísseis de cruzeiro em resposta aos repetidos lançamentos de mísseis balísticos e testes nucleares da Coreia do Norte, disse uma autoridade do governo, nesta sexta-feira (5).

O governo está ansioso por reservar gastos para estudar a potencial aquisição de sistemas capazes de atacar locais de lançamento inimigo, possivelmente em um projeto para o orçamento estatal do ano fiscal de 2018, disse o oficial à Kyodo News, falando sob condição de anonimato.

No entanto, há preocupações, dentro do governo e dos partidos no poder, de que a adoção da capacidade de ataque seria contrária à postura, exclusivamente orientada para a defesa do Japão, e provocaria uma reação dos partidos de oposição.

Segundo o oficial, o tipo de armamento previsto é o míssil de cruzeiro Tomahawk, que foi usado em um ataque dos EUA em um aeroporto na Síria, em abril.

O Tomahawk é um míssil de cruzeiro subsônico de longo alcance. Ele teria alcance suficiente para atingir qualquer parte da Coréia do Norte a partir do Mar do Japão, voando em altitudes extremamente baixas e, assim, tornando-o menos perceptível para o radar.

O governo está considerando a implantação de Tomahawks nas embarcações equipadas com Sistema Aegis da Força de Autodefesa Marítima, disse o oficial. Se forem, realmente, introduzidos, os navios necessitarão, igualmente, de reformas para carregá-los.

Os Estados Unidos, que é o principal aliado de segurança do Japão, mais cauteloso em relação à posse de mísseis de cruzeiro por Tóquio, moderou sua postura, em paralelo com as tensões na Península Coreana, segundo uma fonte do Ministério da Defesa.

Para que a adoção da capacidade de ataque se concretize, o governo precisaria avançar a data da revisão das diretrizes do programa de defesa de 10 anos e rever o plano de construção de defesa de cinco anos, ambos aprovados pelo Gabinete no final de 2013.

Um painel sobre questões de segurança no Partido Liberal Democrático deve apresentar recomendações neste mês, sobre como melhorar as capacidades de defesa do Japão, com vista a ajudar o governo a explorar uma opção de ataque.