Malásia deporta 140 trabalhadores norte-coreanos após morte de Kim Jong Nam.
A Malásia deportou mais de 140 norte-coreanos com licenças de trabalho vencidas, quase dois meses após o assassinato de Kim Jong Nam, o meio-irmão do líder supremo Kim Jong Un, que provocou tensões diplomáticas entre os dois países.
O ministro-adjunto do Interior, Masir Kujat, disse que os migrantes norte-coreanos foram reunidos em Sarawak, pelo Departamento de Imigração do estado, no mês passado.
“Os norte-coreanos que foram encontrados trabalhando no país sem o devido visto foram deportados para seu país de origem “, disse ele, citado pelo The Star.
Segundo o jornal, os trabalhadores foram deportados em grupos, durante todo o mês passado, com o último grupo saindo do país na sexta-feira (31). Os deportados foram colocados em um vôo para Pequim, China, em um vôo de conexão para a Coréia do Norte.
Ele acrescentou que o governo não faria alterações nos procedimentos existentes, para que migrantes norte-coreanos trabalhem na Malásia.
Kim Jong Nam foi assassinado no aeroporto de Kuala Lumpur, em 13 de fevereiro, em um bizarro atentado, usando o agente tóxico nervoso XV, provocando uma disputa diplomática entre os dois países, que tinham relações amistosas antes.
Apesar do estímulo, o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse que não cortará os laços com a Coréia do Norte, informou a agência estatal de notícias Bernama, nesta sexta-feira, depois que a disputa diplomática entre os dois países terminou na semana passada.
O vice-primeiro-ministro, Ahmad Zahid Hamidi, disse que a Malásia manterá relações diplomáticas com a Coréia do Norte e não fechará sua embaixada em Pyongyang, acrescentando que a Malásia também espera que Pyongyang faça o mesmo, segundo a Bernama.
“Não temos nenhum desejo de cortar os laços diplomáticos com a Coréia do Norte e esperamos que a Coréia do Norte faça o mesmo”, disse ele.
Três norte-coreanos que seriam interrogados sobre o assassinato, deixaram a Malásia na sexta-feira, juntamente com o corpo de Kim Jong Nam, após a Malásia ter acertado um acordo de troca que permitiu que nove malaios regressassem de Pyongyang.
A polícia da Malásia recebeu as declarações de três norte-coreanos que seriam interrogados pelo assassinato de Kim Jong Nam, antes que eles fossem autorizados a deixar o país, junto com o corpo da vítima, disse o chefe da polícia, Khalid Abu Bakar, em entrevista coletiva na sexta-feira.
A embaixada norte-coreana em Kuala Lumpur disse, inicialmente, que a vítima era Kim Jong Nam, mas identificou-o, no dia seguinte, como Kim Chol, o nome que consta no passaporte da vítima, disse o chefe da polícia.
Desde então, a Coréia do Norte tem sustentado que o homem morto não é Kim Jong Nam.
Os três norte-coreanos e o corpo de Kim Jong Nam retornaram à Coréia do Norte na sexta-feira, via Pequim, em um acordo de troca que permitiu que os nove malaios voltassem para casa.
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