Ataque a Caxemira: Aldeões fogem depois de “ataques cirúrgicos” da Índia. Aldeões indianos que vivem perto da fronteira com o Paquistão estão fugindo, um dia depois que a Índia afirmou ter lançado ataques visando militantes na Caxemira.
A Índia disse que realizou “ataques cirúrgicos” ao longo da fronteira, o Paquistão negou, dizendo que dois de seus soldados morreram no bombardeio transfronteiriço.
A população de vária aldeias no estado de Punjab foram deixandos em meio a temores de que o confronto pode aumentar.
A região disputada Caxemira tem sido um ponto de inflamação por décadas, e já provocou duas guerras.
Analistas dizem que a Índia já conduziu ataques mais fortes do que estes, sem nenhum séria escalada das hostilidades.
As relações entre a Índia e o Paquistão deterioraram, bruscamente, desde o início deste mês, quando militantes realizaram o ataque mais mortal dos últimos anos, em uma base do exército indiano na Caxemira. A Índia culpou o Paquistão pelo ataque, que negou a alegação.
O que está acontecendo agora?

Houve, certamente, uma escalada na guerra de discursos, depois que a Índia lançou os ataques, o Paquistão informou que tinha um soldado indiano sob custódia. O exército indiano disse que ele, inadvertidamente, tinha cruzado a linha de controle que divide a Caxemira.
Enquanto isso, no estado vizinho de Punjab, no lado indiano, segundo a imprensa, reivindicou seis distritos de fronteira e milhares de moradores foram evacuados. Relatórios dizem que as pessoas serão alojadas em Templos Sikh e outras instalações.
No entanto, o correspondente da BBC na Índia, Robin Singh, disse que visitou várias aldeias perto da fronteira, em Punjab, e a maioria das pessoas tinha optado por ficar e que não tinha havido nenhuma ordem oficial para sair.


Como tudo começou
No dia 18 de setembro, um ataque à base do exército indiano em Uri, na Caxemira administrada pela Índia, morreram 18 soldados, foi o mais mortal ataque desse tipo em anos.

O governo de Narendra Modi, que chegou ao poder prometendo uma linha dura sobre o Paquistão, tem estado sob enorme pressão para retaliar, o que para muitos na Índia, é o terrorismo apoiado pelo Estado.
Muitos observadores dizem que a última medida visa aplacar o irritado eleitorado nacional e enviar a mensagem de que Modi é um líder forte.
E, muitos, em todo o país saudaram a agressão como uma poderosa mensagem para o Paquistão.
O que o Paquistão diz?
O primeiro-ministro, Nawaz Sharif, criticou a “agressão não provocada das forças indianas” e disse que seus militares são capazes de frustrar “qualquer plano para minar a soberania do Paquistão”.
Islamabad diz que a posição da Índia é uma “tentativa flagrante” de desviar a atenção de abusos dos direitos humanos na região.
Mais de 80 pessoas, quase todos manifestantes anti-governo, morreram em mais de dois meses de violência contra o domínio indiano.
Por que é Caxemira tão perigosa?
Tanto a Índia quanto o Paquistão alegam que a Caxemira, de maioria muçulmana, é sua na totalidade, porém, controlam apenas uma parte dela.
A disputa territorial entre os dois países vem acontecendo por mais de seis décadas, e duas das três guerras travadas entre os rivais nucleares tiveram como estopim a Caxemira.
Muitas pessoas temem que isso possa, eventualmente, se transformar em um grande confronto entre dois Estados com armas nucleares.
Mas a maioria dos analistas ainda acredita que é improvável que isso aconteça, e que os confrontos esporádicos e a diplomacia devem continuar.
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