Tiroteiro em Orlando, EUA, deixa pelo menos 50 mortos “um ato de terror e ódio”. O presidente dos EUA, Barack Obama, descreveu o tiroteio na boate gay, ocorrido na madrugada de domingo, em Orlando, Estado da Flórida, como “um ato de terror e um ato de ódio”.
Os americanos estão unidos em “tristeza, indignação e determinação para defender nosso povo”, disse ele.
Omar Mateen, 29 anos, matou 50 pessoas e feriu 53 no Pulse club, antes de ser morto a tiros pela polícia.
O chamado grupo Estado Islâmico disse que estava por trás do ataque, mas a extensão do seu envolvimento ainda não está clara.
Em uma declaração da agência Amaq, filiada ao EI, disse que um combatente foi o responsável
A NBC News informou que Mateen tinha ligado para os serviços de emergência antes do ataque jurando fidelidade ao EI.
O atirador foi morto em uma troca de tiros com 11 policiais, depois de tomar reféns no clube.


O ataque é o pior tiroteio na história recente dos EUA.
Sete das vítimas foram identificadas, até agora – Edward Sotomayor Jr, Stanley Almodovar III, Luis Omar Ocasio-Capo, Juan Ramon Guerrero, Eric Ivan Ortiz-Rivera, Peter O Gonzalez-Cruz e Luis S Vielma.
Foi realizado um minuto de silêncio às 18:00 hora local (22:00 GMT).
Em um evento, aparentemente, não relacionado, um homem fortemente armado foi preso no sul Califórnia, depois de dizer que iria atacar um evento do orgulho gay, em Los Angeles.
Controle de armas
Obama disse que o “brutal assassinato de dezenas de pessoas inocentes” foi mais um lembrete de como é fácil adquirir uma arma nos EUA e atirar nas pessoas.
“Temos que decidir se é esse o tipo de país que queremos ser”, disse o presidente, que faz campanha para leis de desarmamento.
Ele acrescentou que foi um dia devastador para a comunidade LGBT, e que um ataque a qualquer americano é um ataque contra todos.



Obama já ordenou as bandeiras em edifícios federais fiquem a meio mastro, até a tarde de quinta-feira
Mais tarde, a Casa Branca disse que Obama adiou uma declaração conjunta com a pré candidata do Partido Democrata à presidência, Hillary Clinton.
Hillary disse que ela é uma “aliada” da comunidade gay e fez uma declaração para pressionar por controles de armas mais rígidas. Ela disse que: “Isso nos lembra mais uma vez que as armas não têm lugar nas nossas ruas.”
Em uma mensagem a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) pessoas, ela disse que: “Vamos continuar lutando por seu direito de viver livremente, abertamente e sem medo. O ódio não tem, absolutamente, lugar na América”.
Sendo duro e inteligente
Enquanto isso, seu rival republicano, Donald Trump, disse que Obama deveria renunciar por se recusar a usar as palavras “Islã radical” ao condenar o ataque.
“Se não formos duros e inteligente, não teremos mais um país”, disse ele.
Mateen, um cidadão de origem afegã-norte-americana, que nasceu em Nova York e viveu na Flórida, não estava na lista de observação de terrorismo.
No entanto, oficiais revelaram que o FBI o tinham entrevistado em 2013 – 2014, depois que ele fez “observações inflamatórias” a um colega, antes de encerrar a investigação.
Perguntas estão sendo feitas sobre como alguém que se identificou com o EI poderia adquirir armas de uso militar.
Verificou-se que ele havia comprado, legalmente, várias armas nos últimos dias.
Mateen trabalhou para uma empresa de segurança e tinha uma licença de armas de fogo que deveria expirar em 2017.
Pelo número de mortos, o ataque Orlando ultrapassa o massacre de 2007, no Virginia Tech, que deixou 32 pessoas mortas.
Foi decretado estado de emergência na cidade de Orlando e em torno de Orange County.
A segurança foi reforçada no último dia do Festival do Orgulho LGBT da Capital, em Washington DC, que incluiu um minuto de silêncio para as vítimas de Orlando, às 13:00 hora local.
A parada do orgulho gay também vem ocorrendo em West Hollywood, Los Angeles. O prefeito da cidade disse que a polícia, na cidade vizinha de Santa Monica, prendeu um homem fortemente armado, que disse que queria prejudicar o desfile.
Ele foi identificado como sendo James Howell, do Estado de Indiana. Não possui qualquer conexão com o atirador Florida.
Pior fuzilamentos em massa dos EUA, nos últimos 25 anos
- Pelo menos 50 mortos, 2016 – Omar Mateen abre fogo contra frequentadores de um clube gay, em Orlando, Florida.
- 32 mortos, 2007 – o estudante Seung-Hui Cho massacra estudantes na Universidade Virginia Tech, antes de se matar.
- 27 mortos, 2012 – Adam Lanza mata 20 crianças entre seis e sete anos de idade e seis adultos, antes de se matar, em Sandy Hook, Connecticut.
- 23 mortos, 1991 – George Hennard atravessa a parede de uma café em Killeen, Texas, antes de abrir fogo e cometer suicídio.
- 14 mortos, 2015 – Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik abrem fogo em um encontro comunitário, em San Bernardino, California.
- 13 mortos, 2009 – Major Nidal Malik Hasan abriu fogo na base do exército em Fort Hood, Texas.
- 13 mortos, 2009 – Jiverly Wong atira em pessoas no centro de imigrantes de Nova York, antes de se matar.
- 13 mortos, 1999 – Eric Harris e Dylan Klebold matam colegas e um professor na escola Columbine, em Littleton, Colorado.
O chefe de polícia de Orlando, John Mina, disse que o ataque começou às 02:00 (06:00 GMT). Houve uma troca de tiros com um policial que trabalhava no clube, depois do qual o suspeito tomou reféns.
Mina disse que a decisão de enviar uma equipe de assalto foi tomada às 05:00, depois que a polícia recebeu mensagens de texto e telefonemas de alguns dos reféns. O suspeito foi morto a tiros.
De acordo com o Mass Shooting Tracker (rastreador de tiroteios em massas), no ano passado os EUA sofreram 372 fuzilamentos em massa, definido como um único incidente que mata ou fere quatro ou mais pessoas. Aproximadamente, 475 pessoas foram mortas e 1.870 feridos.
O último incidente aconteceu quando Orlando ainda estava se recuperando do assassinato, na sexta-feira, da cantora Christina Grimmie, 22 anos, após um show.

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