Estudos revelam que mais da metade dos usuários on-line obtem notícias do Facebook, YouTube e Twitter. A mídia social surgiu como a principal fonte de notícias entre os usuários on-line, que cada vez mais os acessam de smartphones, disse um grupo de estudos, nesta quarta-feira, alertando que as notícias livres estavam se tornando um desafio para editores de notícias de qualidade.
Mais da metade dos usuários on-line obtém as notícias pelo Facebook e outras plataformas de mídia social, recusando-se a pagar por notícias e usando ad-blocking, o que prejudica a receita dos editores, disse o Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo (RISJ).
Mas, apesar das noticias distribuídas livremente através de plataformas sociais criarem uma oportunidade de alcançar mais leitores, também torna-se difícil para os editores se conectarem com o seu público, disse a RISJ, em seu relatório anual Reportagem Digital.
“Estas coisas estão acontecendo por nossa causa”, disse Rasmus Kleis Nielsen, diretor do Instituto Reuters de pesquisa, à Thomson Reuters Foundation, em entrevista por telefone.
“Nós preferimos notícias em forma digital porque é mais conveniente, mas você recebe o que você paga. É preciso dinheiro para fazer um jornalismo profissional “.
O Facebook está desempenhando um papel cada vez mais significativo na distribuição de notícias on-line, com 44% das pessoas utilizando-o como fonte de notícias, seguido por 19% de pessoas que utilizam YouTube e 10% usando o Twitter, segundo o relatório.
Nielsen disse que nos países em desenvolvimento, onde o acesso à imprensa independente e confiável foi limitado, havia ainda mais pessoas confiando em mídia social para notícias.
“Muitas pessoas, nos países asiáticos e africanos, estão usando telefones celulares para obter suas notícias on-line, e nestas regiões a mídia social é ainda mais importante como fonte de notícias”, disse ele.
Trinta e seis por cento das pessoas preferem suas notícias selecionadas por algorítimos em comparação com 30% que conta com editores ou jornalistas, embora alguns temam a falta de informações ou pontos de vista discordantes, disse o relatório.
Pela primeira vez, a mídia social ultrapassou a televisão como a principal fonte de notícias para jovens entre 18 e 24 anos, com 28% deles citando a mídia social como sua fonte primária de notícias em comparação com 24% que disseram que assistiam notícias na televisão.
Mais da metade dos entrevistados disse que usavam smartphones para acessar notícias, com níveis mais altos na Suécia (69%), Coréia (66%) e Suíça (61%), segundo o estudo.
Na Grã-Bretanha e os Estados Unidos, o uso de smartphones para acessar notícia ultrapassou, pela primeira vez, computadores de laptops.
A pesquisa foi realizada, on-line, em 26 países da Europa, Ásia, América do Norte e América do Sul.
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