Japão, Coreia do Sul e EUA planejam exercícios militares contra ameaça norte-coreana

Japão, Coreia do Sul e EUA planejam exercícios militares contra ameaça norte-coreana. Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos realizarão seu primeiro exercício militar conjunto no próximo mês, focados na cooperação para detectar sinais de lançamentos de mísseis da Coreia do Norte e traçar suas trajetórias, disse um funcionário da Defesa de Seul na segunda-feira.

Os exercícios serão em torno do dia 28 de junho e acontecerão juntamente com os treinamentos navais multinacionais bienais previstos para o Havaí a partir de junho a agosto, que os três países frequentam regularmente, disse o funcionário que solicitou o anonimato, citando regras do departamento.

Os exercícios trilaterais envolverão navios Aegis equipados, dos três países, mas que não farão treinamento de interceptação de mísseis, disse o funcionário. Os três países fizeram exercícios conjuntos de busca e salvamento no passado.

O treinamento segue o pacto de 2014 entre os três países para coleta de inteligência, para melhor lidar com as crescentes ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte. Foi o primeiro acordo desse tipo entre os três países. Um impasse internacional sobre a Coreia do Norte se aprofundou recentemente depois que Pyongyang realizou seu quarto teste nuclear em janeiro e o lançamento de um foguete de longo alcance em fevereiro.

Washington realiza regularmente exercícios militares com a Coreia do Sul e Japão – que juntos abrigam cerca de 80.000 soldados norte-americanos – e compartilham informações com eles em um nível bilateral. Mas Seoul e Tóquio não o fazem, em grande parte como resultado de ressentimentos da Coreia do Sul contra o Japão pelo domínio colonial da Península Coreana de 1910 a 1945.

A península coreana foi dividida em Coreia do Sul, apoiada pelos EUA e Coreia do Norte, suportada pelo regime socialista soviético, no final da ocupação japonesa. As duas Coreias travaram uma guerra devastadora de três anos, no início dos anos 1950, que terminou com um armistício, e não um tratado de paz.