Abe leva líderes do G-7 para visita a santuário xintoísta antes do começo da cúpula. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, escoltou os líderes do G-7 no local mais sagrado da religião xintoísta, na quinta-feira, antes da cúpula cobrindo tópicos que vão dos riscos para a economia mundial, os refugiados e a agressividade marítima da China.
Abe cumprimentou o presidente dos EUA, Barack Obama, e outros parceiros do G-7 um por um, no Santuário de Ise, na região central do Japão, dedicado à deusa do sol
Amaterasu Omikami, ancestral mítica do imperador.
Liderados por um sacerdote vestido de branco, cada líder atravessou uma ponte, participou de um ritual de plantio de árvores, passeou pelos extensos jardins e posou para uma foto de grupo.
Abe disse que espera que a visita ao santuário fornecerá uma visão sobre a cultura japonesa. Os críticos dizem que ele está atendendo uma base conservadora, que quer colocar a religião de volta na política, e reavivar os valores tradicionais
Preocupações sobre a saúde da economia global e a crise de refugiados na Europa estão entre os principais temas da agenda do G-7.
O Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse, na quinta-feira, que vai pedir ao G-7 um apoio mais global para os refugiados.

“Se (G-7) não assumir a liderança na gestão desta crise, ninguém fará”, disse Tusk a repórteres. Um fluxo de imigrantes da Síria e de outros lugares, fez com que a Europa enfrentasse a maior crise de refugiados, desde a Segunda Guerra Mundial.
Outros temas da cúpula incluem o terrorismo, a segurança cibernética e segurança marítima, incluindo o aumento da agressividade da China no leste e sul do Mar da China, onde Pequim tem disputas territoriais com o Japão e vários países do Sudeste Asiático.
Líderes irão se referir a segurança marítima em declarações emitidas após a cúpula, que termina na sexta-feira, incluindo um apelo para o respeito pelo Estado de direito e oposição a provocações que tentam mudar o “status quo” pela força, disse a mídia japonesa.
A agência de notícias estatal Xinhua, da China, disse ao G-7 para manter-se fora dos seus assuntos.
“O G-7, a fim de não se tornar obsoleto e até mesmo afetar negativamente a paz e a estabilidade global, deve cuidar da própria vida, em vez de apontar o dedo para os outros e alimentar conflitos”, disse.
Apesar de um acordo sobre política macro-econômica parecer difícil, espera-se que os líderes do G-7 promovam políticas monetárias, orçamentais e estruturais para estimular o crescimento em seu comunicado quando terminar a cúpula.
Com a Grã-Bretanha e a Alemanha resistindo a chamada para um estímulo fiscal, Abe vai exortar os líderes do G-7 a adotarem uma política fiscal flexível, tendo em conta a própria situação de cada país.
Alguns analistas políticos dizem que Abe espera usar uma declaração do G-7 sobre a economia global, como cobertura para um pacote fiscal nacional, incluindo o possível atraso no aumento dos impostos sobre as vendas do país para 10%, previsto para Abril próximo.
Também se espera que os líderes do G-7 reafirmem o seu compromisso anterior de estabilidade no mercado de câmbio.
Na quarta-feira à noite, Abe encontrou-se com Obama para conversas, dominadas pela prisão de um trabalhador da base militar dos EUA, suspeito do assassinato de uma jovem mulher na ilha de Okinawa, sul do Japão.
O ataque manchou a esperança de Obama de manter a sua viagem ao Japão estritamente focada em sua visita, na sexta-feira, a Hiroshima, local da primeira bomba atômica do mundo, para destacar a reconciliação entre os dois ex-inimigos da segunda guerra mundial e sua agenda anti-proliferação nuclear.
O grupo do G-7 é composto por Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos.
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