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Aliados da Arábia Saudita, Bahrein, Sudão e Emirados Árabes Unidos tomam ações diplomáticas contra o Irã

Aliados da Arábia Saudita, Bahrein, Sudão e Emirados Árabes Unidos tomam ações diplomáticas contra o Irã. Aliados da Arábia Saudita uniram ações diplomáticas contra o Irã depois da embaixada saudita em Teerã ter sido atacada, em meio a uma disputa sobre a execução de um clérigo muçulmano xiita.

Tanto Bahrein quanto o Sudão cortaram relações com o Irã, e os Emirados Árabes Unidos diminuíram sua equipe diplomática.

A Arábia Saudita, no domingo, rompeu as relações diplomáticas com o Ira e deu dois dias para que seus diplomatas saíssem país.

A Arábia Saudita e Irã são as principais forças sunitas e xiitas na região e lados opostos  na Síria e no Iêmen.

Bahrein, que é governado por uma monarquia sunita, mas tem uma população de maioria xiita, na segunda-feira, deu aos diplomatas iranianos 48 horas para deixarem o país.

Acusou o Irã de “aumentar, flagrante e perigosamente a interferência” nos assuntos internos do Golfo e dos países árabes.

Disse ainda que o ataque à embaixada saudita foi parte de um “padrão muito perigoso de políticas sectárias que devem ser confrontadas … para preservar a segurança e a estabilidade em toda a região”.

Bahrain, que hospeda a quinta Frota da Marinha dos EUA, tem freqüentemente acusado o Irã de fomentar a instabilidade no país desde 2011 – o que Teerã nega.

Em um comunicado do Ministério do Exterior do Sudão, lê-se: “Em resposta aos ataques bárbaros na embaixada da Arábia Saudita em Teerã e seu consulado em Mashhad … o Sudão anuncia o corte imediato dos laços com a República Islâmica do Irã”.


Divisão entre sunitas e xiitas

  • A divisão tem origem num litígio, logo após a morte do profeta Maomé, em 632 sobre quem deveria liderar a comunidade muçulmana;
  • Estima-se que os sunitas sejam em torno de 85% a 90% dos muçulmanos;
  • Embora os dois ramos tenham coexistido durante séculos e compartilham muitas crenças e práticas fundamentais, as diferenças residem nas áreas de doutrina, ritual, direito, teologia e organização religiosa.

 

Os Emirados Árabes Unidos estão reduzindo sua representação diplomática em Teerã, incluindo uma convocação de seu embaixador, mas disse que vai continuar com as relações comerciais.

Há temores de que conflitos sectários possam espalhar-se pela região após a execução do Sheikh Nimr al-Nimr e 46 outros, na Arábia Saudita, no sábado, depois de terem sido condenados por crimes relacionados com o terrorismo.

Na segunda-feira, duas mesquitas sunitas no Iraque foram bombardeadas e um imã foi morto.

“Prosseguindo com o confronto”

A Arábia Saudita anunciou, na noite de domingo, que estava cortando relações diplomáticas com o Irã depois que manifestantes invadiram a embaixada saudita em Teerã. Os manifestantes deixaram o edifício em chamas antes de serem expulsos pela polícia.

Arábia Saudita chamou de volta seus diplomatas.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã, na segunda-feira, acusou os sauditas de “continuarem a política de crescente tensão e conflitos na região”.

O porta-voz do Ministério, Hossein Ansari Jaber, disse: “A Arábia Saudita não vê apenas os seus interesses, mas também a sua existência, na busca de crises e confrontos e tentativas de resolver seus problemas internos, exportando-os para o exterior.”

Ele defendeu a resposta do Irã ao ataque à embaixada, dizendo que havia “agido em conformidade com as suas obrigações para controlar a ampla onda de comoção popular”. Cinqüenta prisões foram efetuadas.

O Primeiro Vice-Presidente do Irã, Eshaq Jahangiri, disse que a Arábia Saudita seria a única a perder por romper os laços, acusando-a de “ações precipitadas e ilógicas”.

Ao anunciar o corte nos laços, o Ministro das Relações Exteriores saudita, Adel al-Jubeir, acusou o Irã de ter “armas distribuídas e plantado células terroristas na região”.

“A história do Irã está cheia de interferência negativa e hostilidade em questões árabes, e é sempre acompanhada de destruição”, disse ele.

Fonte: bbc http://www.bbc.com/news/world-middle-east-35222365

 

Sourcebbc

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