“Não devemos permitir que os nossos filhos, os nossos netos e as gerações futuras, que nada têm a ver com a guerra, estejam predestinados a pedir desculpa”, afirmou o primeiro-ministro japonês.
Um inquérito revela que a maioria dos japoneses considera que o governo de Tóquio deve parar de pedir desculpa pelo seu papel II Guerra Mundial, mas os japoneses dividem-se quanto ao polêmico discurso do aniversário do conflito.
Na véspera do 70.º aniversário do fim da II Guerra Mundial, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, expressou profundo remorso pelo papel do seu país na guerra e garantiu que os pedidos de desculpa têm validade para o futuro. No entanto, disse também que as gerações futuras não devem estar “predestinadas” a pedir perdão.
“Não devemos permitir que os nossos filhos, os nossos netos e as gerações futuras, que nada têm a ver com a guerra, estejam predestinados a pedir desculpa”, afirmou.
Países vizinhos como a China, Coreia do Sul e Coreia do Norte reagiram com indignação a estes comentários. Uma pesquisa publicada hoje pelo jornal Yomiuri revela que 63% dos entrevistados consideram que o Japão deve parar de pedir desculpa no futuro, enquanto 27% defende que deve continuar a fazê-lo.
Em relação ao discurso, os entrevistados mostram-se mais divididos 48% dos 1.761 japoneses entrevistados apoiam o discurso de Abe, contra 34% que se opõem.
Agência Lusa
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