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Papa Francisco diz que separação da família às vezes é “moralmente necessária”

Pope Francis gives his thumb up as he leaves at the end of his weekly general audience in St. Peter's square at the Vatican, Wednesday, Sept. 4, 2013. (AP Photo/Riccardo De Luca)

Da Agência Lusa

O papa Francisco considerou hoje (24) que a separação de uma família pode ser “moralmente necessária”, como em casos de violência, sem chegar a falar especificamente em divórcio. “Há casos em que a separação é inevitável”, declarou o papa durante a audiência geral das quartas-feiras na Praça de São Pedro, no Vaticano.

“Algumas vezes, ela [a separação] pode tornar-se mesmo moralmente necessária, quando se trata de proteger o cônjuge mais frágil ou as crianças das feridas mais graves causadas pela intimidação e pela violência, a humilhação e a exploração”, acrescentou Francisco.

O papa insistiu na necessidade de proteger as crianças. “Apesar da nossa sensibilidade aparentemente evoluída e das nossas análises psicológicas elaboradas, pergunto-me se não estamos anestesiados perante as feridas da alma das crianças.”

“À nossa volta, vemos diversas famílias em situações ditas disfuncionais – não gosto desta palavra – e nos colocamos algumas questões: Como ajudar? Como acompanhar a situação de modo a que a criança não se torne refém do pai ou da mãe?”, indagou o papa.

Essas questões, colocadas durante a última audiência geral antes da pausa de julho, são claramente dirigidas aos padres que vão se reunir em outubro, no Vaticano, para o sínodo sobre a família.

Em um documento de trabalho para este sínodo, divulgado ontem (23), o Vaticano reafirmou a indissociabilidade do casamento, ao mesmo tempo que promete facilitar o acesso a procedimentos para anulação do matrimônio e cita a possibilidade de “caminhos de penitência” em condições muito rigorosas, suscetíveis de permitir a comunhão aos divorciados que voltaram a se casar.

Agência Brasil

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