O Senado dos EUA aprovou na sexta-feira um projeto de lei que amplia os poderes do presidente Barack Obama na conclusão de acordos comerciais internacionais.
O documento será válido para seis anos e permitirá a Barack Obama e seu continuador assinar acordos comerciais com outros Estados de forma simplificada. Supõe-se que, em caso de aprovação do documento na Câmara dos Representantes, ele será aplicado primeiramente na assinatura do Acordo sobre a Parceria Trans-Pacífico (PTP) e o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP na sigla em inglês), informa a agência RIA Novosti.
No comunicado divulgado pela Casa Branca se diz que a aplicação desta iniciativa permitirá aumentar a renda da classe média, criará novas oportunidades para os trabalhadores americanos, permitirá definir as regras do comércio global, favoráveis para os negócios dos Estados Unidos, e aumentará as exportações de produtos norte-americanos.
Anteriormente Obama, que enfrenta uma dura disputa dentro de seu próprio Partido Democrata sobre livre comércio, advertiu que a China aproveitará o vácuo econômico que os EUA podem deixar caso não consigam concluir uma proposta de acordo de livre comércio com a Ásia. Na sua mensagem ao Congresso ele declarou que as leis da economia global devem ser escritas pelos EUA e por mais ninguém.
O presidente argumenta que o acordo de livre comércio será positivo pois terá diretrizes mais fortes sobre padrões de trabalho e meio ambiente, mas os críticos à esquerda, ao contrário, dizem que o projeto tira empregos nos EUA.
No caso do TTIP, trata-se da maior zona do comércio livre do mundo, com um mercado de consumo de cerca de 820 milhões de pessoas. Além dos Estados Unidos e da União Europeia, o projeto incluirá o Canadá, México, Suíça, Liechtenstein, Noruega, Islândia e vários países candidatos à adesão à UE. Mas na economia europeia há vários setores para os quais o acordo terá consequências negativas, especialmente na produção agrícola e na área da saúde. Por isso, em abril, milhares de pessoas foram para as ruas de Bruxelas, Berlim e Helsinki para protestar contra o acordo sigiloso.
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