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quarta-feira, 2 julho, 2025 10:32: pm
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Migrantes da Asia, Malásia ordena operação de busca e salvamentos dos barcos.

Migrantes da Asia, Malásia ordena operação de busca e salvamentos dos barcos. O Primeiro Ministro da Malásia Najib Razak disse que seu país vai realizar missões de busca e salvamento para barcos de migrantes Rohingya no mar de Andaman.

A ajuda humanitária também seria entregue por terra e mar, disse ele.

O anúncio vem depois de semanas que as autoridades malaias rejeitaram os barcos de migrantes, rebocando-os para fora das águas da Malásia.

Os Ministros das Relações Exteriores da Malásia e Indonésia estão em Myanmar para conversações sobre a crise dos migrante. Cerca de 7.000 pessoas estão encalhado no mar.

A maioria dos migrantes são muçulmanos Rohingya que fogem das perseguições em Mianmar, mas alguns são bengaleses que se acredita sejam migrantes econômicos.

Malásia e Indonésia disseram que vão abrigar, temporariamente, os que chegarem em seu território, mas precisam de ajuda da comunidade internacional para reassentar-los. A Tailândia diz que deixará de rebocar os refugiados para fora de suas águas territoriais.

‘Ping pong’

Najib disse em sua conta no Twitter que era “compaixão humana básica” fornecer ajuda aos famintos e doentes. Ele acrescentou que era necessária o operação de busca e salvamento pelas autoridades navais e marítimas do país para “evitar a perda de vida”.

A Malásia estava entre vários Estados da região que tinha anteriormente recusado a receber os migrantes e rebocaram os barcos para águas de outros países, em que os observadores internacionais condenaram como um mortal jogo de “ping-pong”.

O Ministro das Relações Exteriores da Malásia, Anifah Aman e Retno Marsudi da Indonésia estão mantendo conversações com seu homólogo de Myanmar U Wunna Maung Lwin na capital Nay Pyi Taw. O vice-secretário de Estado Americano Antony Blinken também deve se reunir com autoridades de Myanmar.

A reunião de quinta-feira é vista por alguns como um avanço, como Myanmar negou a responsabilidade pela crise, não participou da reunião de chanceleres regionais nesta quarta-feira, onde o assunto tratado seria o de fornecer abrigo temporário e não rebocar os barcos para mar aberto.

“Nós não estamos ignorando o problema dos migrante, mas … não vamos aceitar as acusações de que Myanmar é a origem do problema”, Zaw Htay, diretor do escritório presidencial de Myanmar, disse a agência de notícias AP, no sábado.

Richard Bennett diretor da Anistia Internacional da Ásia-Paífico disse que a decisão de quarta-feira para fornecer abrigo ajudou aqueles que vêm à terra, mas “não faz nada para os milhares que ainda estão à deriva no mar, com suprimentos decrescentes de comida e água, ou para os outros, que certamente chegarão”.

A Tailândia disse que vai parar de rebocar os barcos de volta ao mar, algo que a marinha da Malásia e da Indonésia também vinham fazendo nos últimos dias, mas não assinou o acordo para fornecer abrigo, dizendo que já está lutando para lidar com dezenas de milhares de refugiados de Myanmar.

Mais de 3.000 foram resgatadas por moradores ou vieram a terra na Indonésia e Malásia nos últimos dias.

A Malásia e a Indonésia apelaram para a ajuda de outras nações para reassentar os migrantes dentro de um ano.

– Os EUA disseram que estão preparados para pegar os refugiados e liderar um esforço multi-países para reassentar-los como parte das negociações.
– Gambia também se ofereceu para dar-lhes refúgio, dizendo que era um “dever sagrado” ajudar outros muçulmanos.
– A Austrália disse que não aceitará nenhum dos refugiados porque iria encorajar mais pessoas a sair. O Primeiro-Ministro Tony Abbott disse que aqueles que procuram asilo devem usar a “porta da frente” ou canais oficiais.

Myanmar (também conhecido como Burma) vê o Rohingya como migrantes de Bangladesh, apesar de viverem lá por muitas gerações. Myanmar restringe seus movimentos e vidas pessoais, e os Rohingya enfrentam perseguição da população de maioria budista.

O correspondente da BBC Jonah Fisher, que está na província de Sittwe, origem de muitos dos migrantes , diz que a menos que a causa do problema seja abordado, a migração vai continuar.

– Os muçulmanos Rohingya vivem, principalmente, em Myanmar, onde eles enfrentaram décadas de perseguição.
– Grupos de direitos humanos dizem que os imigrantes não tem nenhuma escolha senão sair, pagando traficantes de pessoas para ajudá-los. A ONU estima que mais de 120.000 rohingyas fugiram nos últimos três anos.
– Os traficantes geralmente levam os migrantes por via marítima para a Tailândia depois por terra para a Malásia.
– Mas a Tailândia, recentemente, começou a reprimir as rotas de migrantes, ou seja, os traficantes estão usando rotas marítimas em vez disso.

Fonte: bbc

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